Francinete Benigna da Silva, Elcinete Wentz de Moura, Lisa Carla Narumia, Márcia Harumi Uema Ozu
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Abstract
A Paralisia Cerebral (PC) é uma patologia amplamente conhecida e estudada entre os profissionais de saúde. No meio acadêmico, possui algumas classificações importantes que auxiliam a comunicação entre a equipe multiprofissional. O Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (Gross Motor Function Classification System - GMFCS) classifica a função motora grossa do indivíduo segundo a habilidade do movimento autoiniciado, sendo dividido em cinco níveis. O domínio sobre a classificação e nível motor da criança devem ser de responsabilidade da equipe multiprofissional bem como o conhecimento por parte dos pais e ou responsáveis. Esse saber, muitas vezes pode estar limitado, e com isso a relação entre os profissionais de saúde, família e paciente pode entrar em conflito, gerando dúvidas. Objetivo: Este estudo tem por finalidade quantificar a concordância entre o conhecimento dos pais e/ou responsáveis sobre a classificação da função motora grossa quando comparados à classificação dada pelos fisioterapeutas e médicos, assim como, quantificar o quanto destes pais e/ou responsáveis já tinham um conhecimento prévio da classificação. Método: Trata-se de um estudo prospectivo observacional, com 96 pacientes, aos quais foram analisados em prontuário eletrônico. Sendo aplicado, então, o Questionário de Relato Familiar (GMFCS Family Report Questionnaire). Resultados: Em todas as variáveis dependentes avaliadas demonstrou-se uma taxa de concordância acima dos 60%; o valor de Kappa apresentado foi de k= >0,7, havendo, portanto, uma confiabilidade entre grupos de moderada a forte. Conclusão: Em geral, os profissionais de saúde se apresentam mais suscetíveis a classificarem os pacientes em níveis funcionais melhores do que quando comparados aos pais/responsáveis.