{"title":"Editorial: Ciência, Tecnologia e Inovação em novos trilhos","authors":"Illyushin Zaak Saraiva, Ricardo Antonello, Eduardo Butzen","doi":"10.21166/cpitt.v5i1.4923","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Em junho de 2023 o Brasil parece ter entrando novamente nos trilhos do desenvolvimento sustentável, soberano e socialmente equilibrado, dos quais havia se afastado perigosamente (e com saldos muito negativos) entre 2016 e 2022. Foram anos difíceis para a comunidade científica brasileira, que além do achatamento das suas condições laborais e das cada vez mais frequentes acusações e humilhações públicas (incluindo-se os tristes cortes de bilhões de reais em abril de 2019 sob a vazia e pérfida acusação de “balbúrdia”), tiveram que conviver com projetos interrompidos, laboratórios sendo fechados por falta de recursos para seu funcionamento, diminuição de bolsas para estudantes dos diversos níveis, e até mesmo mudanças injustificadas em políticas de acesso universal como o Enem, o Sisu, entre outros. Com efeito, os números falam por si. A partir de 2019 o orçamento das Universidades Federais entrou em queda livre, passando de R$ 62,2 bilhões naquele ano para R$ 60,7 bilhões em 2020, com uma brusca queda para R$ 56,3 bilhões em 2021 e, finalmente, R$ 53,2 bilhões em 2022, valor menor que o destinado às Universidades Federais em 2013, uma década antes. Além disso, o orçamento de investimentos nas Universidades Federais, que em 2014 foi de R$ 1,5 bilhão, já no ano de 2022 foi de apenas R$ 189 milhões, ou apenas 12,2% daquele valor, forçando a parada e interrupção do processo de expansão das instituições federais iniciado em 2003. Nesta 8ª Edição do CPITT, entendemos que é momento de comemoração, com a retomada do respeito à CT&I.","PeriodicalId":127659,"journal":{"name":"Caderno de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia","volume":"24 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Caderno de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21166/cpitt.v5i1.4923","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Em junho de 2023 o Brasil parece ter entrando novamente nos trilhos do desenvolvimento sustentável, soberano e socialmente equilibrado, dos quais havia se afastado perigosamente (e com saldos muito negativos) entre 2016 e 2022. Foram anos difíceis para a comunidade científica brasileira, que além do achatamento das suas condições laborais e das cada vez mais frequentes acusações e humilhações públicas (incluindo-se os tristes cortes de bilhões de reais em abril de 2019 sob a vazia e pérfida acusação de “balbúrdia”), tiveram que conviver com projetos interrompidos, laboratórios sendo fechados por falta de recursos para seu funcionamento, diminuição de bolsas para estudantes dos diversos níveis, e até mesmo mudanças injustificadas em políticas de acesso universal como o Enem, o Sisu, entre outros. Com efeito, os números falam por si. A partir de 2019 o orçamento das Universidades Federais entrou em queda livre, passando de R$ 62,2 bilhões naquele ano para R$ 60,7 bilhões em 2020, com uma brusca queda para R$ 56,3 bilhões em 2021 e, finalmente, R$ 53,2 bilhões em 2022, valor menor que o destinado às Universidades Federais em 2013, uma década antes. Além disso, o orçamento de investimentos nas Universidades Federais, que em 2014 foi de R$ 1,5 bilhão, já no ano de 2022 foi de apenas R$ 189 milhões, ou apenas 12,2% daquele valor, forçando a parada e interrupção do processo de expansão das instituições federais iniciado em 2003. Nesta 8ª Edição do CPITT, entendemos que é momento de comemoração, com a retomada do respeito à CT&I.