Fatores que podem contribuir para pausas mais longas entre compressões torácicas na reanimação cardiopulmonar com o ultrassom point-of-care: uma revisão de literatura
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Abstract
O ultrassom point-of-care é recomendado para o uso na reanimação cardiopulmonar quando houver suspeita de causas reversíveis. No entanto, estudos demonstraram que o ultrassom point-of-care pode aumentar o tempo das pausas entre as compressões, nas quais pulso e ritmo são verificados. O objetivo deste estudo foi descrever possíveis fatores associados a pausas mais longas entre as compressões torácicas com o uso do ultrassom point-of-care. Trata-se de revisão de literatura nas bases de dados PubMed®, Embase, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde. A busca foi realizada sem restrição de tempo ou idioma, utilizando a seguinte estratégia: ((arrest, cardiopulmonary OR cardiopulmonary resuscitation OR Advanced Cardiac Life Support) AND (point of care ultrasound OR POCUS)). A busca nas bases de dados resultou em 6.177 publicações. Destas, apenas cinco estudos foram inclusos. A falta de treinamento em ultrassom está associada a pausas mais longas em aproximadamente 3,1 segundos (IC95% 0,6-5,6; valor de p = 0,02). Operar o ultrassom point-of-care e liderar a reanimação cardiopulmonar ao mesmo tempo foi associado a atraso de até 6,1 segundos (IC95% 0,4-11,7; valor de p = 0,04). Além disso, o momento para colocar a sonda do ultrassom no tórax do paciente e a falta de sistematização para o uso do ultrassom pointof- care também podem contribuir para pausas mais longas. Espera-se que esta discussão desperte o interesse em novas pesquisas sobre o tema e seja utilizada para delinear novos protocolos para o uso do ultrassom point-of-care na reanimação cardiopulmonar, de modo que as pausas sejam menores que os 10 segundos preconizadas pela American Heart Association.