MANEJO E PERFIL DE CÃES ATENDIDOS NA SUPERINTENDÊNCIA UNIDADE HOSPITALAR VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL E SUAS IMPLICAÇÕES NO BEM-ESTAR ANIMAL
Leticia Viviane De Jesus, Luciana Velasques Cervo, Layane Lina Maia Taveira, Laura Antonia Camilotti, Tainá Caroline Leite Wagner, T. Rocha, Raissa Lopes Laux, Izadora Fernanda Gomes Prates, D. M. Benvegnú
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Abstract
O bem-estar animal normalmente pode ser mensurado por três abordagens distintas, no qual a primeira envolve as funções biológicas e fisiológicas, a segunda abrange questões neuropsicológicas, e a terceira a manifestação dos comportamentos naturais. Neste contexto o objetivo deste estudo foi identificar a qualidade de vida de 249 cães atendidos na Superintendência Unidade Hospitalar Veterinária da Universidade Federal da Fronteira Sul (SUHVU) – Campus Realeza/PR. Para tal, foi realizado coletas de dados retrospectivos no período de janeiro de 2020 à julho de 2021, no qual, foram obtidos os seguintes resultados: 72,3% dos cães eram domiciliados, 14,1% eram domiciliados e estavam sob responsabilidade de tutor em situação de vulnerabilidade social, no qual se encontravam cadastrados no Cadastro Único e 13,7% eram cães errantes. Em relação a fertilidade, 73,1% não eram castrados e 26,9% eram castrados. Com relação ao sexo 60,4% dos cães eram fêmeas e 39,6% eram machos. No que se refere a alimentação 52,9% eram alimentados por comida e ração, 36,6% somente ração e 10,5% apenas comida. Acerca do comportamento, 79,9% eram dóceis, 10,4% agressivos, 5,2% medrosos e 4,4% inquietos. A respeito da vacinação 75,6% dos animais receberam algum tipo de vacina, enquanto que 24,4% nunca foram vacinados. No entanto, somente 38,5% dos cães que foram vacinados alguma vez, receberam a vacina contra a raiva. No que diz respeito a vermifugação, 66,4% estavam atualizados, 19,8% desatualizados e 13,8% nunca receberam vermífugo. Quanto ao acesso à rua, 60,2% possuíam acesso com a presença ou ausência do tutor, ou mesmo acesso livre em se tratando de cães errantes e 39,8% não possuíam acesso. Em relação à presença de ectoparasitas 55,8% não apresentavam e 44,2% apresentavam. Além disso, foram analisadas alterações hematológicas e parâmetros bioquímicos, sendo que 48,8% dos animais apresentaram alteração no hemograma, sendo 18,4% identificados com anemia, apresentando também hematócrito inferior, valores de proteínas plasmáticas e albumina diminuídos e valores de ureia e creatinina aumentados. Em relação, a mobilidade obtivemos prevalência de 95% de cães vivendo de forma solta no ambiente que são mantidos, em contrapartida 5% dos cães sendo mantidos presos. Assim, espera-se que estes dados contribuam para o direcionamento de ações para promoção da saúde e do bem-estar animal no município de Realeza – PR.