{"title":"ANÁLISE GEOGRÁFICA DO TRABALHO NOS CINCO PRINCIPAIS MUNICÍPIOS SOJICULTORES DO RIO GRANDE DO SUL","authors":"H. R. Hettwer, Eduardo Schiavone Cardoso","doi":"10.33026/peg.v24i1.9912","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo se insere em ampla pesquisa acerca da hegemonização do espaço rural brasileiro com a sojicultura. A cultura apresenta um viés agroexportador, fundado em um modelo neoliberal que oligopoliza o campo. A cadeia produtiva baseia-se na biotecnologia transgênica, em agrotóxicos e na mecanização, altamente especulativa, de natureza exógena. Uma das consequências do modelo dominante é a precarização do trabalho nos espaços geográficos que hegemoniza, em análise específica dos cinco principais municípios sojicultores do Rio Grande do Sul. Apesar das promessas de geração de emprego e renda, a matriz produtiva sojicultora não democratiza a reprodução do capital que gera às populações regionais. O capital é gerado, mas se concentra em oligopólios nacionais e estrangeiros; e não se reproduz na remuneração salarial e na geração de empregos, provocando a maior vulnerabilidade social dos municípios sojicultores.","PeriodicalId":420888,"journal":{"name":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","volume":"239 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9912","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo se insere em ampla pesquisa acerca da hegemonização do espaço rural brasileiro com a sojicultura. A cultura apresenta um viés agroexportador, fundado em um modelo neoliberal que oligopoliza o campo. A cadeia produtiva baseia-se na biotecnologia transgênica, em agrotóxicos e na mecanização, altamente especulativa, de natureza exógena. Uma das consequências do modelo dominante é a precarização do trabalho nos espaços geográficos que hegemoniza, em análise específica dos cinco principais municípios sojicultores do Rio Grande do Sul. Apesar das promessas de geração de emprego e renda, a matriz produtiva sojicultora não democratiza a reprodução do capital que gera às populações regionais. O capital é gerado, mas se concentra em oligopólios nacionais e estrangeiros; e não se reproduz na remuneração salarial e na geração de empregos, provocando a maior vulnerabilidade social dos municípios sojicultores.