Leonardo Cortez Guerra, Bruna Orbite Garcia, Ana Paula Girol, Thaís Santana Gastardelo Bizotto
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Abstract
Objetivo: Avaliar a relação entre a hiperplasia prostática benigna (HPB) e o adenocarcinoma prostático (AP) por meio da quantificação de neutrófilos, eosinófilos e mastócitos e correlacionar com o grau histopatológico da neoplasia. Metodologia: Este estudo é observacional transversal. Biópsias catalogadas de pacientes foram seccionadas em cortes de 5µm, coradas e analisadas no microscópio de luz. Nessas secções, as células foram quantificadas e comparadas entre as condições HPB e AP por meio de análises estatísticas. Resultados: Foram analisadas biópsias de 47 pacientes, sendo 28 (59,6%) com HPB e 19 (40,4%) com AP. A mediana da idade do grupo com HPB foi 69 anos (intervalo: 54 – 77 anos) e o com AP foi 66 anos (intervalo: 59 – 92 anos). Na análise estatística, foi observado um maior número de neutrófilos extravasculares (p <0,001) e totais (p <0,05) no AP em relação à HPB, porém não houve diferença estatística entre neutrófilos intravasculares, mastócitos e eosinófilos entre os grupos. Ao correlacionar o Escore de Gleason e o influxo de células inflamatórias, foi observado que maiores escores estão associados a menor influxo de neutrófilos e mastócitos intactos. Além disso, foi observado que o volume e o peso prostático com AP podem estar associados com o infiltrado inflamatório. Conclusão: Nesse estudo, foi possível sugerir que o câncer de próstata possui relação com a resposta imune inata pelo influxo exacerbado de neutrófilos no microambiente tumoral e pela influência dessas células no Escore de Gleason e nos valores de peso e volume prostático. Entretanto, novos estudos são necessários para melhor ilustrar o papel dos neutrófilos na tumorigênese.