Rafaella Dourado Lima, Ana Lúcia Cabulon, J. M. Amaral, Beatriz Moreti Bellenzani, Clarissa Garcia Custódio, Maria Valéria Pavan
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Abstract
Os benzodiazepínicos (BZD), introduzidos na prática clínica na década de 1950, estão entre as medicações mais utilizadas no mundo, apesar dos efeitos colaterais. Objetivo: conhecer o perfil de prescrição de BZD entre docentes médicos e sensibilizar os prescritores de BZD sobre os riscos associados ao seu uso. Métodos: estudo quantitativo e qualitativo, exploratório, transversal e com ação educativa, com aplicação de um questionário semiestruturado, organizado com páginas de perguntas alternadas com páginas com conteúdo informativo sobre a prescrição dos BZD. Todos os docentes médicos de um curso de medicina foram convidados a responder o questionário online (Google Forms®). Resultados: 148 docentes receberam o questionário, 75 responderam (50,7%; 43 homens). Tempo de exercício da medicina 30,9 ± 10,9 anos (média ± DP), 38 clínicos, 10 pediatrias, 8 cirurgiões, 6 ginecologistas/obstetras, 3 epidemiologistas, 3 psiquiatrias, 3 ortopedistas, 2 médicos de família e comunidade, 1 radiologista e um anestesiologista. Trabalham no SUS 62,6%; no sistema de saúde privado 68%, apenas atividades acadêmicas 20%. Entre os participantes, 75% prescrevem BZD, predominantemente para insônia, ansiedade, crise de pânico e dor crônica. Sonolência (78,6%), amnésia (62,6%) e confusão mental (53,3%) foram os efeitos colaterais mais reconhecidos; 48% referiram fazer retirada gradual programada dos BZD e orientar terapia alternativa ou complementar. Mais de 80% dos participantes consideraram útil e importante receber as informações científicas que permearam o questionário. Conclusão: a maioria dos participantes prescrevem BZD e reconhecem seus efeitos adversos, com indicação de outros tratamentos O modelo de pesquisa educativa foi bem aceita e elogiada pelos participantes.