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Abstract
Este ensaio problematiza como o conceito de divulgação científica foi historicamente relacionado à educação científica e como isso instituiu um currículo para educação em ciências. Neste currículo a ciência é tomada como elemento balizador da vida e a divulgação como comunicação de resultados. Mas quando o inesperado e inédito atinge a ciência e não há respostas imediatas, a divulgação perde o sentido ou seu sentido é mais abundante? Percorremos essas questões para considerar a possibilidade de abrir brechas nos currículos saturados de verdades, imbricando-se em outros códigos que foram abandonados nas linhas duras das composições curriculares: como o sonho, a fantasia... Talvez aí a divulgação científica possa funcionar como mediadora entre esses mundos, fabricando novas conexões entre sociedade- ciência-ensino.