{"title":"DUNGEONS & DROGAS: O USO DE RPG DE MESA COMO PRÁTICA TERAPÊUTICA","authors":"Roberto Salbego Donicht, Giana Bernardi Brum Vendruscolo","doi":"10.31512/missioneira.v25i1.1289","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O uso de substâncias químicas é um fenômeno que vem aumentando com o passar dos anos, cada vez mais na sociedade há consumo de substâncias químicas. Consequentemente, o número de pessoas dependentes químicas também aumenta e, portanto, práticas terapêuticas eficazes que auxiliem no tratamento desses indivíduos em sofrimento necessitam ser criados, descobertos e aperfeiçoados. Desse modo, o presente artigo tem como intuito apresentar uma pesquisa-ação que ocorreu em uma fazenda terapêutica da região oeste do Rio Grande do Sul, pesquisa essa que tinha como objetivo utilizar o Role-Playing Game de Mesa, o RPG de mesa, para verificar a sua eficácia como prática terapêutica com dependentes químicos. O RPG de mesa é um jogo lúdico e cooperativo de interpretações de papeis, onde há duas figuras chaves, o mestre responsável por narrar a história, interpretar todos os personagens do mestre e relatar as consequências das ações dos jogadores, e, já aos jogadores cabe o papel de interpretar um único personagem e de serem responsáveis pela as suas ações. Verificou-se que a aplicação do RPG de Mesa com dependentes químicos pode colaborar como uma prática terapêutica, havendo inúmeras vantagens, poucas limitações e nenhuma desvantagem perceptível, sendo eficaz principalmente pelas seguintes questões: reforçar habilidades sociais mais adaptativas, possibilitar um conhecimento da história de vida do sujeito, colaborar para o enfrentamento de situações-problemas análogas ou metafóricas a situações-problemas do cotidiano dos jogadores dependentes químicos e por reforçar comportamentos de autoconhecimento. Ainda assim, recomenda-se mais pesquisas para aprofundar o conhecimento sobre a técnica.","PeriodicalId":378127,"journal":{"name":"Revista Missioneira","volume":"177 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Missioneira","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.31512/missioneira.v25i1.1289","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O uso de substâncias químicas é um fenômeno que vem aumentando com o passar dos anos, cada vez mais na sociedade há consumo de substâncias químicas. Consequentemente, o número de pessoas dependentes químicas também aumenta e, portanto, práticas terapêuticas eficazes que auxiliem no tratamento desses indivíduos em sofrimento necessitam ser criados, descobertos e aperfeiçoados. Desse modo, o presente artigo tem como intuito apresentar uma pesquisa-ação que ocorreu em uma fazenda terapêutica da região oeste do Rio Grande do Sul, pesquisa essa que tinha como objetivo utilizar o Role-Playing Game de Mesa, o RPG de mesa, para verificar a sua eficácia como prática terapêutica com dependentes químicos. O RPG de mesa é um jogo lúdico e cooperativo de interpretações de papeis, onde há duas figuras chaves, o mestre responsável por narrar a história, interpretar todos os personagens do mestre e relatar as consequências das ações dos jogadores, e, já aos jogadores cabe o papel de interpretar um único personagem e de serem responsáveis pela as suas ações. Verificou-se que a aplicação do RPG de Mesa com dependentes químicos pode colaborar como uma prática terapêutica, havendo inúmeras vantagens, poucas limitações e nenhuma desvantagem perceptível, sendo eficaz principalmente pelas seguintes questões: reforçar habilidades sociais mais adaptativas, possibilitar um conhecimento da história de vida do sujeito, colaborar para o enfrentamento de situações-problemas análogas ou metafóricas a situações-problemas do cotidiano dos jogadores dependentes químicos e por reforçar comportamentos de autoconhecimento. Ainda assim, recomenda-se mais pesquisas para aprofundar o conhecimento sobre a técnica.