{"title":"Mulheres jovens trabalhadoras rurais: a emergência de uma nova categoria política e suas repercussões no sindicalismo rural","authors":"Eryka Galindo","doi":"10.36920/esa31-2_11","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo pretendido com este artigo foi analisar as interações entre as categorias políticas ‘mulheres trabalhadoras rurais’ e ‘juventude trabalhadora rural’, dentro da Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), evidenciando as contribuições e tensões geradas na ação sindical, sobretudo, a partir da maior participação das ‘mulheres jovens trabalhadoras rurais’, que surge como categoria política no sindicalismo, assumindo características próprias. A pesquisa se baseou em metodologia qualitativa, tendo por principal referência as narrativas biográficas de três diretoras da Contag, além de documentos institucionais. Dentre as principais conclusões está a de que as mulheres trabalhadoras rurais inauguraram uma forma de ação baseada em três pilares, voltados à constituição de: i) espaços e processos de formação e auto-organização específicos; ii) medidas de ampliação das condições de participação; iii) ações coletivas de caráter público. Assim, institucionalizaram condições para a emergência de outras categorias políticas, desde a interseção de gênero, geração e classe. É desse processo que emergem as mulheres jovens trabalhadoras rurais, que passam a reivindicar essa identidade política e a tecer um campo de articulação que repercute no sindicalismo, pautando novas abordagens sobre temas presentes na agenda sindical e disputando espaço de poder e visibilidade sobre suas questões.","PeriodicalId":33381,"journal":{"name":"Estudos Sociedade e Agricultura","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos Sociedade e Agricultura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.36920/esa31-2_11","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo pretendido com este artigo foi analisar as interações entre as categorias políticas ‘mulheres trabalhadoras rurais’ e ‘juventude trabalhadora rural’, dentro da Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), evidenciando as contribuições e tensões geradas na ação sindical, sobretudo, a partir da maior participação das ‘mulheres jovens trabalhadoras rurais’, que surge como categoria política no sindicalismo, assumindo características próprias. A pesquisa se baseou em metodologia qualitativa, tendo por principal referência as narrativas biográficas de três diretoras da Contag, além de documentos institucionais. Dentre as principais conclusões está a de que as mulheres trabalhadoras rurais inauguraram uma forma de ação baseada em três pilares, voltados à constituição de: i) espaços e processos de formação e auto-organização específicos; ii) medidas de ampliação das condições de participação; iii) ações coletivas de caráter público. Assim, institucionalizaram condições para a emergência de outras categorias políticas, desde a interseção de gênero, geração e classe. É desse processo que emergem as mulheres jovens trabalhadoras rurais, que passam a reivindicar essa identidade política e a tecer um campo de articulação que repercute no sindicalismo, pautando novas abordagens sobre temas presentes na agenda sindical e disputando espaço de poder e visibilidade sobre suas questões.