{"title":"Do Araguaia à Democracia. O Estado Brasileiro e a Violência Política no Pará","authors":"R. N. Pannain, Caio Vasconcellos","doi":"10.5433/2176-6665.2023v28n3e47750","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é propor uma interpretação sobre elementos de continuidade – bem como algumas inflexões importantes – na atuação do Estado brasileiro para fomentar violência política desde a época de combate à guerrilha do Araguaia, nos conflitos de terra e em outras lutas sociais subsequentes no Sul do Pará, até os anos de vigência do Estado democrático de direito. Se, nas operações para a eliminação dos militantes comunistas, forjou-se um aparato de repressão política, os anos seguintes inauguram um novo ciclo de monitoramento, tortura e assassinato na região que acompanha e sustenta o desenvolvimento capitalista na Amazônia. Além dessa estrutura de perseguição ganhar controle político e da entrada em cena de novos atores, camponeses, posseiros, religiosos e indígenas passam a ser considerados inimigos da nação.","PeriodicalId":127120,"journal":{"name":"Mediações - Revista de Ciências Sociais","volume":"30 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Mediações - Revista de Ciências Sociais","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n3e47750","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
O objetivo deste artigo é propor uma interpretação sobre elementos de continuidade – bem como algumas inflexões importantes – na atuação do Estado brasileiro para fomentar violência política desde a época de combate à guerrilha do Araguaia, nos conflitos de terra e em outras lutas sociais subsequentes no Sul do Pará, até os anos de vigência do Estado democrático de direito. Se, nas operações para a eliminação dos militantes comunistas, forjou-se um aparato de repressão política, os anos seguintes inauguram um novo ciclo de monitoramento, tortura e assassinato na região que acompanha e sustenta o desenvolvimento capitalista na Amazônia. Além dessa estrutura de perseguição ganhar controle político e da entrada em cena de novos atores, camponeses, posseiros, religiosos e indígenas passam a ser considerados inimigos da nação.