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Abstract
A metáfora do ciborgue é um constructo epistêmico relativamente recente. Publicado em 1985, o Cyborg Manifesto, de Donna Haraway, mobilizou o imaginário acadêmico-cultural apontando para a emergência do híbrido de máquina e organismo, indicando o nó produzido nas linhas de sentido históricas, vivenciadas na fusão entre técnicas (bio-info-cogno) e nós, os organismos vivos; tornando-se, assim, matriz da filosofia ciborgue. Academicamente, coube a Thierry Hoquet anatomizar o ciborgue na obra Filosofia Ciborgue: pensar contra dualismos (publicada em Português no ano de 2019 e, no original, em 2011), fenômeno este que aparece no século XX com características próprias, desafiando categorias epistemológicas estanques, cuja pretensão é definir os limites entre o humano e o não humano, entre o que é próprio da natureza e o que é parte da cultura.