Rubens Leite Ramalho, Diego Igor Alves Fernandes de Araújo, Jéssica da Cruz Gomes, Vitória Carneiro Dutra Bezerra, Daysianne Pereira de Lira Uchôa
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Abstract
O consumo desenfreado de medicamentos por parte da população correlaciona-se com um grande problema de saúde pública no Brasil, caracterizado através das intoxicações medicamentosas. O objetivo da presente pesquisa é mensurar o perfil de intoxicações medicamentosas no Brasil entre os anos de 2015 e 2021. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura através das bases de dados: SciELO, PubMed, LILACS, SINITOX, SINAN e Google Scholar, utilizando a combinação dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “intoxicação”, “medicamento”, “toxicidade de medicamentos”, “causa de óbito” e “uso indevido de medicamentos”, por meio dos operadores booleanos: “AND” e “OR”. A partir da busca exploratória nas bases de dados, resultou em um quantitativo de 566 artigos, no entanto, após a análise do título, resumo e leitura na íntegra, 18 trabalhos foram selecionados para compor a amostra final do estudo. Identificou-se entre os anos de 2015 e 2021 um total de 279.149 casos de intoxicações medicamentosas confirmadas através do DATASUS, e assim nortear o perfil mais suscetível com esses agravos. Portanto, correlacionando tais dados, as crianças entre 1 e 4 anos com 55,55% dos casos e posteriormente os adultos entre 20 e 39 anos (38,88%). A principal causa está atrelada com a tentativa de suicídio (61,11%), em seguida os casos acidentais (22,22%). Por fim, foi possível apontar as principais classes dos medicamentos envolvidos com esses eventos tóxicos: benzodiazepínicos, analgésicos, antidepressivos, anticonvulsivantes e anti-inflamatórios. Desta forma, vale ressaltar a importância de sinalizar a propagação do número de casos e óbitos referentes às intoxicações medicamentosas no Brasil, destacando-se a necessidade de explorar estudos mais recentes na literatura científica sobre as causas recorrentes dos eventos tóxicos. Logo, é importante sinalizar a relevância dos profissionais de saúde para promover ações de proteção e educação em saúde sobre os riscos e benefícios da utilização inadequada de medicamentos.