Taís Duarte Silva, Edvalda Araújo Leal, André Faro
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Abstract
Estudos anteriores indicaram a alta frequência de estressores e estresse na pós-graduação, contudo notou-se a necessidade de compreender melhor o papel das estratégias de enfrentamento nesse ambiente e o impacto de todas essas variáveis no bem-estar dos discentes. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação dos estressores e autoeficácia, mediados pelo estresse e enfrentamento, com o bem-estar psicológico de pós-graduandos em Ciências Contábeis. Para o alcance do objetivo, realizou-se um survey on-line, com questionário constituído pelas escalas de Estressores (preocupações e dificuldades), Autoeficácia-Geral, Estresse Percebido, Brief Cope e Questionário de Saúde Geral (para mensurar o bem-estar), além de questões sobre o perfil dos respondentes. A amostra foi constituída por 366 participantes. Observou-se que os estressores mais frequentes evidenciam o receio de não alcançar bons resultados e a dificuldade em conciliar as demandas da pós-graduação com outros aspectos da vida. Na média, os discentes apresentaram autoeficácia elevada e a maioria apresentou nível alto de estresse. As estratégias de enfrentamento mais usadas foram enfrentamento ativo, autoculpabilização e reinterpretação positiva. Com o uso da análise de mediação, concluiu-se que os estressores, bem como a autoeficácia, são mediados pelo estresse e pela estratégia de reinterpretação positiva, explicando, assim o bem-estar psicológico dos pós-graduandos. Dessa forma, a identificação das variáveis investigadas fomenta o debate e fornece respaldo para o planejamento e execução de ações institucionais que objetivem amenizar estressores, bem como auxiliar os discentes para que eles desenvolvam maior capacidade adaptativa frente aos desafios da pós-graduação.