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Abstract
Proponho a reflexão sobre algumas questões no campo da cultura e da arte, mais especificamente da dança no pós-pandemia, frente à instabilidade dos seus fazedores. Para isso, o recorte foi dado a partir da atuação de dois agrupamentos: o Dança de PE, criado em 2017 com atuação em pautas emergenciais, e a Cia. Artefolia, grupo artístico fundado em 1993, que cria diálogos com danças populares, ambos impactados pela pandemia no estado de Pernambuco. Para o desenvolvimento, foram analisadas situações vividas pelos dois coletivos, com abordagem de aspectos das políticas culturais, das práticas coletivas em conjunturas de precariedade, através de relatos de experiências e apontamentos com perspectivas de esperança, sobretudo na tessitura das redes coletivas de atuação para reinvenção das suas metodologias e modos que propiciem o engajamento, sejam eles de grupos de dança ou mobilizações políticas, para que as atualizações recentes advindas da retomada, em 2023, do Ministério da Cultura e da Funarte possam de fato capilarizar as políticas culturais.