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Abstract
Este artigo propõe um debate sobre as danças da diáspora africana-brasileira e sua relação com as políticas de arte e cultura, na medida em que questiona de que forma essas vêm contemplando o referido segmento na atualidade. O questionamento leva a presunção de que pouco ou quase nunca as políticas promovem fomento artístico-cultural, profissionalização, ação social, entretenimento e lazer a tal especificidade da dança, que existe de maneira apartada de seus direitos e relações de igualdade no vasto campo de conhecimento e saberes das artes. Mesmo com a ausência de políticas que as contemplem,os seus agentes culturais, majoritariamente constituídos por pessoas pretas e pardas, não se acomodam diante das ausências e precariedades, e criam modos de resistências, (re)existências e afirmação. Para fundamentar nossas ideias, articulamos metodologias que se originam de epistemologias afroreferenciadas, tais como: Simas e Rufino (2019), os quais oferecem direcionamentos múltiplos e entrecruzados no lastro de um pensamento afrodiaspórico e decolonial, como definem os autores Costa, Torres & Grosfoguel (2020).