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Abstract
A desinformação encontra um terreno fértil na web para sua disseminação. Dentre outros motivos, uma das causas desse fenômeno pode ser a fragilização das cenas englobante e genérica (Maingueneau, 2010), realidade detectada por Maingueneau já antes da popularização da web, mas que se potencializa nos enunciados produzidos nesse médium, permitindo que discursos de um gênero se passem como integrantes de outro. Tendo isso em vista, este artigo objetiva entender algumas estratégias enunciativas e técnicas presentes em enunciados de desinformação contra a comunidade transexual, publicados no perfil do Twitter da Revista Oeste. Nesse processo, lançamos mão do conceito de cenografia (Maingueneau, 2010, 2017) e do tecnodiscurso (Paveau, 2021), para, a partir do prisma da Análise do Discurso de linha francesa, investigar características da cenografia iconotextual e arquitetural no perfil da Revista Oeste que criam uma cenografia típica do discurso jornalístico. Concluímos que, por mais que os enunciados desse perfil façam emergir pré-construídos (Pechêux, 1975) transfóbicos, a criação de uma cenografia jornalística cria a impressão de que estes sejam enunciados jornalísticos.