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Abstract
O envelhecimento populacional aumentou a procura por atividades para pessoas idosas, e os museus estão bem posicionados para responder a essa demanda. Conhecer os idosos quanto às vivências em museus, interesses e motivações permitirá construir proposições museográficas de relacionamento mais assertivas para o potencial público de pessoas idosas, ou seja, os visitantes e não visitantes. O objetivo deste artigo foi conhecer as pessoas idosas visitantes de museus, quanto a características sociodemográficas, motivacionais, experiências pregressas e atuais nos museus, além de percepções de participação e emoções na experiência museográfica. O questionário foi aplicado em 24 museus brasileiros a 1.387 visitantes. A análise estatística descritiva apurou que a maioria da amostra é composta por mulheres com escolaridade superior ao ensino médio e bastante diversa quanto ao arranjo de moradia e renda. Os entrevistados vão com as famílias ou em grupos de convivência. Os principais interesses e experiências procuradas dentro dos museus são os objetos, além de aprender coisas novas, passear e conviver com outras pessoas. A alegria, satisfação e as curiosidades são as emoções mais sentidas. Mais da metade dos idosos acreditam poder contribuir com os museus, compartilhando memórias e ensinando coisas que sabem fazer. Cerca de 90% da amostra declarou não ser pessoa com deficiência e dizem não sentir falta de nenhum recurso de acessibilidade. Os museus têm o potencial para trabalhar todos os níveis de autonomia das pessoas idosas, desde que se enquadrem como ambientes amigáveis para todas as idades. Os dados são coerentes com a literatura apresentada na revisão de escopo produzida.