Jornalismo gráfico: visualidade no jornalismo e o conceito de grafiação

Greice Schneider
{"title":"Jornalismo gráfico: visualidade no jornalismo e o conceito de grafiação","authors":"Greice Schneider","doi":"10.25200/slj.v12.n2.2023.572","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"PT. A história do estatuto documental da visualidade no jornalismo enfrenta uma tensão constante. Cada emergência de novas tecnologias de produção de imagens e seu impacto nos sistemas de crença costuma vir acompanhada de uma reabertura das interações entre os campos da arte e jornalismo. Nas últimas décadas, esse fenômeno se reflete de maneira especialmente inventiva nos campos do jornalismo gráfico (ou jornalismo ilustrado). O artigo propõe um movimento interdisciplinar ao explorar o campo do jornalismo visual a partir do conceito de grafiação (Marion) proveniente dos estudos de quadrinhos. Um primeiro momento será dedicado à intersecção entre jornalismo e visualidades, em especial os atravessamentos possíveis entre os campos de estudos do jornalismo visual e o campo de estudos dos quadrinhos. Em seguida, se debruça sobre o conceito de Marion, que aborda aspectos da materialidade da representação gráfica, instâncias de enunciação visual e seus efeitos no espectador-leitor. E finalmente, discute essa matriz conceitual a partir de exemplos concretos publicados em grandes veículos jornalísticos produzidos por quatro autoras contemporâneas que produzem jornalismo desenhado: Mona Chalabi, Susie Cagle, Julia Rothman e Wendy MacNaughton. Seus trabalhos evidenciam, de certa maneira, um retorno ao jornalismo ilustrado dominante antes do advento da fotografia, parte de uma tendência crescente em que a instância de enunciação gráfica é cada vez menos transparente e mais evidente, abrindo espaços para abordar a factualidade a partir do traço e gestos do desenho e de relatos e narrativas mais pessoais. O conceito de grafiação, explorado aqui contribui enquanto ferramenta metodológica e permite abordar esse gesto do desenho como construção de um estilo gráfico capaz de produzir subjetividade e engajamento na esfera de leitura. *** EN. The history of the documentary value of visuality in journalism is marked by continuous tensions. The emergence of a new image-producing technology, with its impact on belief systems, is usually accompanied by renewed interactions between the fields of art and journalism. Over the last few decades, this phenomenon has manifested itself in a particularly inventive way within graphic journalism (or illustrated journalism). This article explores the field of visual journalism through an interdisciplinary approach, drawing on the concept of graphiation (Marion), which originated in comics studies. We begin by looking at the intersection between journalism and visuality, and in particular at possible intersections between the fields of visual journalism and comics. Marion's concept is then examined, focusing on the materiality of graphic representation, the instances of visual enunciation and their effects on the viewer-reader. Finally, we examine this conceptual matrix using specific examples of graphic journalism, published in major journalistic media and produced by four contemporary authors: Mona Chalabi, Susie Cagle, Julia Rothman and Wendy MacNaughton. Their work suggests to some extent a return to the illustrated journalism that prevailed before the age of photography, in a rising movement where the instance of graphic enunciation is less and less transparent and more and more obvious. This opens up new possibilities for approaching factuality through the stroke and gestures of drawing, with more personal narratives and narrative devices. The concept of graphiation explored here constitutes a methodological tool that enables us to approach the gesture of drawing as the construction of a graphic style capable of producing subjectivity and engagement in the sphere of reading. *** FR. L’histoire du statut documentaire de la visualité dans le journalisme est marquée par des tensions constantes. À chaque fois qu’émerge une nouvelle technologie de production d'images, avec son impact sur les systèmes de croyance, elle s’accompagne généralement d’une réouverture des interactions entre les domaines de l'art et du journalisme. Au cours des dernières décennies, ce phénomène s'est manifesté de manière particulièrement inventive au sein du journalisme graphique (ou journalisme illustré). Cet article se propose d'explorer le domaine du journalisme visuel selon une démarche interdisciplinaire, en partant du concept de graphiation (Marion), issu des études sur la bande dessinée. Dans un premier temps, nous nous intéressons à l'intersection entre journalisme et visualités, et en particulier aux croisements possibles entre les champs d'études du journalisme visuel et de la bande dessinée. Nous nous penchons ensuite sur le concept de Marion, qui touche à la matérialité de la représentation graphique, aux instances d'énonciation visuelle et à leurs effets sur le spectateur-lecteur. Nous examinons enfin cette matrice conceptuelle à partir d'exemples concrets de journalisme dessiné, publiés dans de grands médias journalistiques et produits par quatre auteures contemporaines : Mona Chalabi, Susie Cagle, Julia Rothman et Wendy MacNaughton. Leur travail marque d'une certaine manière un retour au journalisme illustré qui prévalait avant l'avènement de la photographie, dans un mouvement croissant où l'instance d'énonciation graphique est de moins en moins transparente et de plus en plus évidente, ouvrant de nouvelles possibilités pour aborder la factualité à partir du trait et des gestes du dessin, avec des récits et des dispositifs narratifs plus personnels. Le concept de graphiation exploré ici constitue un outil méthodologique qui nous permet d'aborder ce geste du dessin en tant que construction d'un style graphique capable de produire de la subjectivité et de l'engagement dans la sphère de la lecture. *** ES. La historia del régimen documental de la visualidad en el periodismo se enfrenta a una tensión constante. Cada aparición de nuevas tecnologías de producción de imágenes y suimpacto en los sistemas de creencias suele ir acompañada de una reapertura de las interacciones entre los campos del arte y el periodismo. En las últimas décadas este fenómenose ha reflejado de forma particularmente inventiva en el campo del periodismo gráfico (o periodismo ilustrado). El artículo propone un movimiento interdisciplinar al explorar elcampo del periodismo visual utilizando el concepto de grafiación (Marion), proveniente de los estudios sobre el cómic. Un primer momento se dedica a la intersección entre periodismo yvisualidades, en particular a los posibles cruces entre los campos de los estudios del periodismo visual y el campo de los estudios del cómic. A continuación, se centra en elconcepto de Marion, que aborda aspectos de la materialidad de la representación gráfica, instancias de enunciación visual y sus efectos en el espectador-lector. Por último, discute estamatriz conceptual a partir de ejemplos concretos publicados en medios de comunicación importantes por cuatro autoras contemporáneas que hacen periodismo gráfico: Mona Chalabi,Susie Cagle, Julia Rothman y Wendy MacNaughton. Sus trabajos muestran, en cierto modo, una vuelta al periodismo ilustrado dominante antes de la llegada de la fotografía, parte de unatendencia creciente en la que la instancia de enunciación gráfica es cada vez menos transparente y más evidente, abriendo espacios para abordar la facticidad a partir del trazo ylos gestos del dibujo y de relatos y narraciones más personales. El concepto de grafiación explorado aquí contribuye como herramienta metodológica y permite abordar el gesto dedibujar como construcción de un estilo gráfico capaz de producir subjetividad y compromiso en la esfera de la lectura. ***","PeriodicalId":371942,"journal":{"name":"Sur le journalisme, About journalism, Sobre jornalismo","volume":"8 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Sur le journalisme, About journalism, Sobre jornalismo","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25200/slj.v12.n2.2023.572","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

Abstract

PT. A história do estatuto documental da visualidade no jornalismo enfrenta uma tensão constante. Cada emergência de novas tecnologias de produção de imagens e seu impacto nos sistemas de crença costuma vir acompanhada de uma reabertura das interações entre os campos da arte e jornalismo. Nas últimas décadas, esse fenômeno se reflete de maneira especialmente inventiva nos campos do jornalismo gráfico (ou jornalismo ilustrado). O artigo propõe um movimento interdisciplinar ao explorar o campo do jornalismo visual a partir do conceito de grafiação (Marion) proveniente dos estudos de quadrinhos. Um primeiro momento será dedicado à intersecção entre jornalismo e visualidades, em especial os atravessamentos possíveis entre os campos de estudos do jornalismo visual e o campo de estudos dos quadrinhos. Em seguida, se debruça sobre o conceito de Marion, que aborda aspectos da materialidade da representação gráfica, instâncias de enunciação visual e seus efeitos no espectador-leitor. E finalmente, discute essa matriz conceitual a partir de exemplos concretos publicados em grandes veículos jornalísticos produzidos por quatro autoras contemporâneas que produzem jornalismo desenhado: Mona Chalabi, Susie Cagle, Julia Rothman e Wendy MacNaughton. Seus trabalhos evidenciam, de certa maneira, um retorno ao jornalismo ilustrado dominante antes do advento da fotografia, parte de uma tendência crescente em que a instância de enunciação gráfica é cada vez menos transparente e mais evidente, abrindo espaços para abordar a factualidade a partir do traço e gestos do desenho e de relatos e narrativas mais pessoais. O conceito de grafiação, explorado aqui contribui enquanto ferramenta metodológica e permite abordar esse gesto do desenho como construção de um estilo gráfico capaz de produzir subjetividade e engajamento na esfera de leitura. *** EN. The history of the documentary value of visuality in journalism is marked by continuous tensions. The emergence of a new image-producing technology, with its impact on belief systems, is usually accompanied by renewed interactions between the fields of art and journalism. Over the last few decades, this phenomenon has manifested itself in a particularly inventive way within graphic journalism (or illustrated journalism). This article explores the field of visual journalism through an interdisciplinary approach, drawing on the concept of graphiation (Marion), which originated in comics studies. We begin by looking at the intersection between journalism and visuality, and in particular at possible intersections between the fields of visual journalism and comics. Marion's concept is then examined, focusing on the materiality of graphic representation, the instances of visual enunciation and their effects on the viewer-reader. Finally, we examine this conceptual matrix using specific examples of graphic journalism, published in major journalistic media and produced by four contemporary authors: Mona Chalabi, Susie Cagle, Julia Rothman and Wendy MacNaughton. Their work suggests to some extent a return to the illustrated journalism that prevailed before the age of photography, in a rising movement where the instance of graphic enunciation is less and less transparent and more and more obvious. This opens up new possibilities for approaching factuality through the stroke and gestures of drawing, with more personal narratives and narrative devices. The concept of graphiation explored here constitutes a methodological tool that enables us to approach the gesture of drawing as the construction of a graphic style capable of producing subjectivity and engagement in the sphere of reading. *** FR. L’histoire du statut documentaire de la visualité dans le journalisme est marquée par des tensions constantes. À chaque fois qu’émerge une nouvelle technologie de production d'images, avec son impact sur les systèmes de croyance, elle s’accompagne généralement d’une réouverture des interactions entre les domaines de l'art et du journalisme. Au cours des dernières décennies, ce phénomène s'est manifesté de manière particulièrement inventive au sein du journalisme graphique (ou journalisme illustré). Cet article se propose d'explorer le domaine du journalisme visuel selon une démarche interdisciplinaire, en partant du concept de graphiation (Marion), issu des études sur la bande dessinée. Dans un premier temps, nous nous intéressons à l'intersection entre journalisme et visualités, et en particulier aux croisements possibles entre les champs d'études du journalisme visuel et de la bande dessinée. Nous nous penchons ensuite sur le concept de Marion, qui touche à la matérialité de la représentation graphique, aux instances d'énonciation visuelle et à leurs effets sur le spectateur-lecteur. Nous examinons enfin cette matrice conceptuelle à partir d'exemples concrets de journalisme dessiné, publiés dans de grands médias journalistiques et produits par quatre auteures contemporaines : Mona Chalabi, Susie Cagle, Julia Rothman et Wendy MacNaughton. Leur travail marque d'une certaine manière un retour au journalisme illustré qui prévalait avant l'avènement de la photographie, dans un mouvement croissant où l'instance d'énonciation graphique est de moins en moins transparente et de plus en plus évidente, ouvrant de nouvelles possibilités pour aborder la factualité à partir du trait et des gestes du dessin, avec des récits et des dispositifs narratifs plus personnels. Le concept de graphiation exploré ici constitue un outil méthodologique qui nous permet d'aborder ce geste du dessin en tant que construction d'un style graphique capable de produire de la subjectivité et de l'engagement dans la sphère de la lecture. *** ES. La historia del régimen documental de la visualidad en el periodismo se enfrenta a una tensión constante. Cada aparición de nuevas tecnologías de producción de imágenes y suimpacto en los sistemas de creencias suele ir acompañada de una reapertura de las interacciones entre los campos del arte y el periodismo. En las últimas décadas este fenómenose ha reflejado de forma particularmente inventiva en el campo del periodismo gráfico (o periodismo ilustrado). El artículo propone un movimiento interdisciplinar al explorar elcampo del periodismo visual utilizando el concepto de grafiación (Marion), proveniente de los estudios sobre el cómic. Un primer momento se dedica a la intersección entre periodismo yvisualidades, en particular a los posibles cruces entre los campos de los estudios del periodismo visual y el campo de los estudios del cómic. A continuación, se centra en elconcepto de Marion, que aborda aspectos de la materialidad de la representación gráfica, instancias de enunciación visual y sus efectos en el espectador-lector. Por último, discute estamatriz conceptual a partir de ejemplos concretos publicados en medios de comunicación importantes por cuatro autoras contemporáneas que hacen periodismo gráfico: Mona Chalabi,Susie Cagle, Julia Rothman y Wendy MacNaughton. Sus trabajos muestran, en cierto modo, una vuelta al periodismo ilustrado dominante antes de la llegada de la fotografía, parte de unatendencia creciente en la que la instancia de enunciación gráfica es cada vez menos transparente y más evidente, abriendo espacios para abordar la facticidad a partir del trazo ylos gestos del dibujo y de relatos y narraciones más personales. El concepto de grafiación explorado aquí contribuye como herramienta metodológica y permite abordar el gesto dedibujar como construcción de un estilo gráfico capaz de producir subjetividad y compromiso en la esfera de la lectura. ***
图文新闻:新闻中的视觉性和涂鸦概念
最后,我们将根据在主要报纸上发表的、由四位当代作家(莫娜-查拉比、苏西-卡格尔、朱莉娅-罗斯曼和温迪-麦克诺顿)创作的新闻插图的具体实例来研究这一概念矩阵。他们的作品在某种程度上标志着摄影术出现之前的新闻插图的回归,在这一不断发展的运动中,图形差异的实例越来越不透明,越来越明显,为从绘画的特质和姿态、更多的个人叙事和叙事手段来接近事实开辟了新的可能性。这里探讨的图形化概念是一种方法论工具,使我们能够将这种绘画姿态作为一种图形风格的构建来对待,这种图形风格能够在阅读领域产生主观性和参与性。 *** EN.新闻业视觉性纪实制度的历史面临着持续的紧张局势。每一次图像制作新技术的出现及其对信仰体系的影响,往往伴随着艺术和新闻领域之间互动的重新开启。近几十年来,这一现象在摄影新闻学(或插图新闻学)领域得到了别出心裁的体现。本文提出了一种跨学科的方法,即利用漫画研究中的 "图形化"(Marion)概念来探索视觉新闻领域。文章首先探讨了新闻与视觉之间的交叉,特别是视觉新闻研究领域与漫画研究领域之间可能存在的交叉。然后重点讨论马里恩的概念,该概念涉及图形表现的物质性、视觉表达的实例及其对观众-读者的影响。最后,它以四位当代女摄影记者在主要媒体上发表的具体作品为基础,讨论了这一概念矩阵:莫娜-查拉比(Mona Chalabi)、苏西-卡格尔(Susie Cagle)、朱莉娅-罗斯曼(Julia Rothman)和温迪-麦克诺顿(Wendy MacNaughton)。她们的作品在某种程度上表明,摄影术出现之前占主导地位的插图新闻正在回归,这是一种日益增长的趋势的一部分,在这种趋势中,图形表达的实例变得不再那么透明,而是更加明显,从而开辟了通过绘画的笔触和姿态以及更加个人化的故事和叙事来处理事实的空间。这里所探讨的图形化概念是一种方法论工具,使我们能够将绘画的姿态视为一种图形风格的构建,能够在阅读领域产生主观性和承诺。 ***
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
求助全文
约1分钟内获得全文 求助全文
来源期刊
自引率
0.00%
发文量
0
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
确定
请完成安全验证×
copy
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
右上角分享
点击右上角分享
0
联系我们:info@booksci.cn Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。 Copyright © 2023 布克学术 All rights reserved.
京ICP备2023020795号-1
ghs 京公网安备 11010802042870号
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:604180095
Book学术官方微信