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Abstract
Os feminismos têm assumido diferentes contornos, suscitado diversas temáticas e abarcado vários palcos. Atualmente, vivemos um período histórico onde os media digitais assumem um importante papel: as mulheres encontraram novos espaços de empoderamento, resistência e participação, nos mais diversos âmbitos. Se os feminismos negros e as pessoas que durante séculos travaram as lutas nacionais nas reivindicações pela igualdade de género e de raça permanecem na penumbra, por outro lado, uma nova geração de ativistas tem feito uso das redes sociais para desencadear a possibilidade da existência de uma nova vaga feminista negra em Portugal. A presente investigação pretende analisar os feminismos negros em Portugal na sua confluência com as redes sociais, para responder à pergunta: quais as principais reivindicações do feminismo negro Portugal por meio dos perfis @quotidianodeumanegra e @umafricana? Assim, propomo-nos tecer uma análise de publicações em duas páginas da rede social Instagram de pessoas que se dedicam à partilha de conteúdos relacionados com o tema que aqui nos prende. Para tal, recorreu-se metodologicamente à análise temática crítica, conforme enunciada por Lawless e Chen (2019), aliando-se também uma abordagem crítica feminista com inspiração na interseccionalidade como método crítico definido por Collins (2019).