{"title":"Os caminhos da História Natural e a relação da Biologia e coleções de museus no desenvolvimento de exposições","authors":"M. Soares, Isabel Gomes","doi":"10.52192/1984-3917.2023v16n2p256-278","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo tem como proposta analisar e discutir como as coleções científicas, as tradições naturalísticas vinculadas as práticas museais comuns à museus de História Natural (MHN), e a produção de saberes localizados historicamente contribuíram para a consolidação das ciências naturais e de diferentes campos do conhecimento, principalmente, da disciplina Biologiae que se mostram presentes em uma exposição. Para tal empreendimento refletimos, inicialmente, sobre a constituição desta tipologia de museus e a relação estabelecida pela diversidade de áreas do conhecimentocom a implementação destas instituições ao longo da história dos MHN. Como forma de materializar a discussão, trouxemos uma análise da exposição “Biodiversidade: conhecer para preservar” do Museu de Zoologia de Universidade de São Paulo (MZUSP). Para a produção de dados realizamos entrevistas com seis sujeitos envolvidos com a elaboração da exposição e analisamos documentos institucionais disponibilizados por eles. A partir da análise dos dados, verificamos que as coleções zoológicas do MZUSP tiveram grande apelo na montagem da exposição, a produção de conhecimento proveniente das pesquisas realizadas pelos cientistas do museu foi determinante para a montagem, assim como a continuidade do uso dos dioramas na exposição. Foi possível identificar uma presença marcante do discurso da Biologia, de tradições naturalísticas oriundas das ciências naturais em toda exposição.","PeriodicalId":199665,"journal":{"name":"Museologia e Patrimônio","volume":"7 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Museologia e Patrimônio","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.52192/1984-3917.2023v16n2p256-278","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este artigo tem como proposta analisar e discutir como as coleções científicas, as tradições naturalísticas vinculadas as práticas museais comuns à museus de História Natural (MHN), e a produção de saberes localizados historicamente contribuíram para a consolidação das ciências naturais e de diferentes campos do conhecimento, principalmente, da disciplina Biologiae que se mostram presentes em uma exposição. Para tal empreendimento refletimos, inicialmente, sobre a constituição desta tipologia de museus e a relação estabelecida pela diversidade de áreas do conhecimentocom a implementação destas instituições ao longo da história dos MHN. Como forma de materializar a discussão, trouxemos uma análise da exposição “Biodiversidade: conhecer para preservar” do Museu de Zoologia de Universidade de São Paulo (MZUSP). Para a produção de dados realizamos entrevistas com seis sujeitos envolvidos com a elaboração da exposição e analisamos documentos institucionais disponibilizados por eles. A partir da análise dos dados, verificamos que as coleções zoológicas do MZUSP tiveram grande apelo na montagem da exposição, a produção de conhecimento proveniente das pesquisas realizadas pelos cientistas do museu foi determinante para a montagem, assim como a continuidade do uso dos dioramas na exposição. Foi possível identificar uma presença marcante do discurso da Biologia, de tradições naturalísticas oriundas das ciências naturais em toda exposição.