{"title":"Unidade em Peirce e relações com estética e ecologia","authors":"G. Moreira, E. B. Ghizzi","doi":"10.23925/2316-5278.2023v24i1:e64611","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"\n\n\nInteressamo-nos, neste trabalho, em refletir acerca de uma aproximação entre estética e ecologia por meio do conceito de unidade, tal como anteriormente indicada por Freitas (2005). Diante de um contexto contemporâneo de crise ambiental, propomos lançar um olhar para o campo da arquitetura e do urbanismo, em que observamos uma crescente busca por modelos estéticos e epistemológicos que se caracterizem como ecológicos. Tomamos como referencial teórico a filosofia pragmatista de Charles Sanders Peirce (1839-1914), considerando, em especial, a afinidade apontada por Nöth (1996; 1998; 2001) entre esse pensamento e a ecologia. Partindo daí, organizamos o trabalho em dois momentos distintos: um primeiro, conceitual; e um segundo, voltado para a relação entre conceito e prática. Iniciamos por identificar e selecionar, em escritos de Peirce e de seus estudiosos, alguns entre os usos do termo unidade, buscando compreender o modo como está relacionado a conceitos próprios de sua filosofia, percorrendo a fenomenologia, as ciências normativas e a metafísica, com passagem pelo pragmatismo, pressupondo evidenciar uma compreensão de unidade que fundamenta aquela aproximação inicial. Com base nisso, refletimos, em seguida, acerca dessa concepção com relação à arquitetura e ao urbanismo, a partir do trabalho de Toyo Ito, que se interessou pela transição de uma estética da máquina para uma estética de fluxos e cujo diálogo profissional entre a teoria e a prática nos conduz a considerações mais amplas acerca do conhecimento em arquitetura, com consequências para a formação de novas condutas nesse campo.\n\n\n","PeriodicalId":206101,"journal":{"name":"Cognitio: Revista de Filosofia","volume":"32 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Cognitio: Revista de Filosofia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.23925/2316-5278.2023v24i1:e64611","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Interessamo-nos, neste trabalho, em refletir acerca de uma aproximação entre estética e ecologia por meio do conceito de unidade, tal como anteriormente indicada por Freitas (2005). Diante de um contexto contemporâneo de crise ambiental, propomos lançar um olhar para o campo da arquitetura e do urbanismo, em que observamos uma crescente busca por modelos estéticos e epistemológicos que se caracterizem como ecológicos. Tomamos como referencial teórico a filosofia pragmatista de Charles Sanders Peirce (1839-1914), considerando, em especial, a afinidade apontada por Nöth (1996; 1998; 2001) entre esse pensamento e a ecologia. Partindo daí, organizamos o trabalho em dois momentos distintos: um primeiro, conceitual; e um segundo, voltado para a relação entre conceito e prática. Iniciamos por identificar e selecionar, em escritos de Peirce e de seus estudiosos, alguns entre os usos do termo unidade, buscando compreender o modo como está relacionado a conceitos próprios de sua filosofia, percorrendo a fenomenologia, as ciências normativas e a metafísica, com passagem pelo pragmatismo, pressupondo evidenciar uma compreensão de unidade que fundamenta aquela aproximação inicial. Com base nisso, refletimos, em seguida, acerca dessa concepção com relação à arquitetura e ao urbanismo, a partir do trabalho de Toyo Ito, que se interessou pela transição de uma estética da máquina para uma estética de fluxos e cujo diálogo profissional entre a teoria e a prática nos conduz a considerações mais amplas acerca do conhecimento em arquitetura, com consequências para a formação de novas condutas nesse campo.