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Abstract
As assemblagens de dados amplificam formas históricas de colonização através de um arranjo complexo de práticas, materialidades, territórios, corpos e subjetividades. As epistemologias centradas nos dados devem ser entendidas como uma expressão da colonialidade do poder que se manifesta como uma imposição violenta de formas de ser, pensar e sentir que conduzem à expulsão dos seres humanos da ordem social, negam a existência de mundos e epistemologias alternativas e ameaçam a vida na Terra. Este artigo desenvolve um modelo teórico para analisar a colonialidade do poder com base nos dados e explora as múltiplas dimensões da colonialidade como uma perspectiva analítica capaz de identificar modos de resistir à colonização dos dados. Por fim, este trabalho sugere possíveis epistemologias alternativas de dados que respeitem as
populações, a diversidade cultural e os ambientes.