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Abstract
Devido à possibilidade de reis próximo-orientais terem diversas esposas e concubinas, muitos historiadores projetam acriticamente a noção islâmica de “harém” sobre as realidades do Antigo Oriente Próximo. No entanto, em razão de anacronismos, da carga orientalista do termo e de pressupostos equivocados quanto à homogeneidade da categoria de “mulheres palacianas”, tal prática foi alvo de severas críticas. A proposta desse artigo é demonstrar como discussões teóricas muito parecidas quanto ao “harém” e à segregação feminina se desenvolveram na Assiriologia (com foco no caso do Império Neoassírio) e nos Estudos Aquemênidas, por vezes com resultados distintos. Argumenta-se que, em razão de sua continuidade na longa duração, os Impérios Neoassírio e Aquemênida devem ser estudados de forma comparativa, e que suas respectivas áreas de estudo têm muito a ganhar com um olhar diacrônico sobre a questão das mulheres reais.nder Studies; Assyriology; Achaemenids.