Karine Alves Ribeiro, Julia Cardoso Rocha, Amanda Caroline Vicente de Moura, Matheus Santos Oliveira, Larissa Araújo da Silva, Maria Helena Santos Tezza, Deborah Cristina Gonçalves Luiz Fernani, Maria Tereza Artero Prado Dantas
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Abstract
Objetivo. Analisar o efeito do isolamento social devido à pandemia da COVID-19 no comportamento emocional, alimentar e do sono de crianças e adolescentes com TEA. E, verificar o nível de sobrecarga e qualidade de vida nos cuidadores dos indivíduos com TEA. Método. Foram incluídos 29 crianças e adolescentes com TEA e seus respectivos cuidadores. Os cuidadores responderam via Google Forms a Childhood Autism Rating Scale para a classificação do TEA, os questionários Burden Interview para análise da sobrecarga e o Quality of Life Questionnaire (WHOQOL-BREF) para verificar a qualidade de vida, além de dois questionários elaborados pelos autores. Para análise de proporções foi utilizado o teste de qui-quadrado com pós teste de Bonferroni. Já para a correlação foi utilizado teste t de Student não pareado (p<0,05). Resultados. Foi encontrado maior percentual de alterações nos indivíduos com autismo moderado a severo (com percentuais acima de 50%): ansiedade, aumento dos movimentos repetitivos, choro excessivo, irritabilidade e agitação, alteração do sono e alimentação. Houve predomínio de sobrecarga de leve à moderada e a qualidade de vida apresentou os percentuais de 64,75±13,07% no grupo autismo leve a moderado, e 64,03±13,22% no moderado a severo (p=0,89). Conclusão. Durante o isolamento social houve alterações do comportamento de crianças e adolescentes com TEA, com maior acometimento naquelas com autismo moderado a severo, sendo que a presença de sobrecarga e comprometimento da qualidade de vida dos cuidadores foi independente da classificação do TEA.