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Abstract
Este artigo pretende apresentar o tema da amizade social, dentro de uma visão filosófica e sociológica, bem como da Doutrina social da Igreja, expressa na Fratelli tutti do Papa Francisco. Tanto a tradição grega, quanto a cristã, entendem que a amizade social é resultado da sociabilidade humana e o fundamento para a convivência em uma sociedade aberta. No século XVII o filósofo Thomas Hobbes provocou uma reviravolta nesta compreensão, ao afirmar que cada homem é lobo do outro homem. Como um desdobramento desta situação de guerra de todos contra todos, apareceu no século XX uma racionalidade política que induz a ver quem pensa diferente como um inimigo a ser abatido. Esta lógica está na base das sociedades fechadas do século passado e presente ainda hoje, nas ideologias de extremistas. Este artigo deseja, ainda, ressaltar as indicações expressas na encíclica Fratelli tutti, onde o Papa aponta o diálogo, a cultura do encontro e a política, destacando o papel das Religiões, para promoverem a amizade social e construírem uma sociedade aberta. A polarização, hoje tão falada, não pode ser entendida como confronto, mas sim como os diferentes que oferecem o melhor de si, para o bem de todos. Isto representa a amizade social e significa construir uma sociedade aberta.