Clédson Mendonça Junior, Ana Paula Quadros Gomes, Betire Kayapó, Dilcilene da Silva Menezes
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Abstract
O Rio Xingu atravessa diversos territórios indígenas ao longo de seu curso, dentre os quais, estão um dos mais extensos e populosos no Brasil. Ali vive o povo Mebêngôkre (Kayapó), que fala a língua de mesmo nome, da família Jê, tronco Macro-Jê. Suas reservas ocupam áreas que abragem os estados do Mato Grosso e Pará. Entre elas está a TI Kayapó com mais de 30 escolas na região, mas os Mebêngôkre sofrem as pressões típicas de línguas minorizadas. Em 2019, a língua foi cooficializada em São Félix do Xingu (PA), mas esse fato ainda não modificou a contento a realidade linguística local. Para recolher e encaminhar as demandas dos Mebêngôkre quanto a seus direitos linguísticos, o Projeto de Extensão Ações de Combate ao Preconceito Linguístico (UFRJ), em parceria com o Departamento de Educação Escolar Indígena do município, criou a ação “Me kuni~ umari — em rede pelos direitos linguísticos”, da qual trata este relato de experiência.