Laís Souza Carvalho, J. F. Ribeiro, Liliana Reis Rosa, Luiz Carlos de Castilho Júnior, Egle de Moura Pelegrini
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Abstract
O insulinoma é o tumor do pâncreas endócrino mais comum em cães, caracterizado pela secreção excessiva de insulina, mesmo na presença de hipoglicemia. Sua etiologia permanece desconhecida, considerado de ocorrência rara e, em geral, maligno. As manifestações clínicas resultam da neuroglicopenia e da liberação de hormônios contra regulatórios, manifestando-se em fraqueza, convulsão, tremores, agitação e até mesmo coma e óbito. O diagnóstico é baseado nos dados de anamnese, sinais clínicos, alterações laboratoriais nas concentrações de glicose sanguínea e insulina sérica em jejum, exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), além de ressecção cirúrgica com envio da amostra para análise histopatológica e imuno-histoquímica. A abordagem terapêutica primordial é a remoção cirúrgica do tumor. Este relato tem como objetivo apresentar o caso de um canino, fêmea, sem raça definida, castrada, seis anos, sem histórico de sinais típicos de insulinoma, mas com hipoglicemia em exame laboratorial e glicosímetro portátil validado. Com base nesse achado, surgiu a suspeita de insulinoma e iniciou-se a investigação com dosagem de insulina sérica e exames de imagem. O diagnóstico foi confirmado pela presença de hiperinsulinemia com hipoglicemia, TC com imagens compatíveis e pancreatectomia parcial, sendo posteriormente enviado o tumor para análise histopatológica e imuno-histoquímica. O tratamento instituído foi a quimioterapia por via oral. Concluiu-se que há possibilidade de diagnosticar o insulinoma antes do aparecimento de sinais clínicos, o que, embora não altere o prognóstico reservado da doença, possibilita um acompanhamento veterinário mais frequente, resultando em uma melhoria na qualidade de vida do animal.