Gabrielle Bezerra da Silva, Victor Hugo Nedel Oliveira
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Abstract
Diante dos impactos gerados pelo “Novo” Ensino Médio, encontram-se aqueles que atingem os jovens escolares, sobretudo, os que frequentam as instituições públicas de ensino. É nesse contexto que escola e Geografia Escolar adquirem papéis indispensáveis no que tange a aproximar as juventudes dessas pautas, fomentando ainda mais o protagonismo juvenil. Este texto tem como objetivo principal investigar as relações de jovens estudantes com a Geografia no contexto do “Novo” Ensino Médio. A pesquisa qualitativa, em forma de um estudo de caso, produziu dados a partir da realização de um grupo focal com jovens estudantes do Ensino Médio Regular e membros do Grêmio Estudantil. Os sujeitos participantes, que vêm vivenciando na prática e em tempo real a implementação da “reforma” curricular, evidenciaram a situação da redução da carga horária da Geografia e de outros componentes na escola. Por sua vez, a Geografia apareceu associada a objetos do conhecimento como localização, orientação, tectônica de placas, biomas, relevo e clima, sendo, ao mesmo tempo, uma matéria capaz de dar informações, por vezes interessantes, mas, em geral, sem sentido. Considera-se que as relações e percepções dos jovens em relação à Geografia ao longo do estudo apontam para a necessidade de reflexão do papel e da relevância da Geografia Escolar, de modo que a defesa e a luta pelo seu espaço no currículo e na escola também façam sentido.