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Abstract
O presente artigo articula-se com o pensamento decolonial e suas reflexões críticas acerca da conjuntura contemporânea de hegemonia do conhecimento moderno-ocidental eurocêntrico, que silencia e invisibiliza culturas de outras matrizes como as negras e indígenas. O texto parte do questionamento sobre o lugar que a diversidade cultural ocupa em nossa sociedade destacando a qualidade da atenção dispensada à mesma pelas políticas e gestão públicas. Para isso, foram problematizadas políticas voltadas para a diversidade cultural durante o Governo Lula, ao tempo em que foi proposto que as mesmas sejam repensadas a partir do paradigma da interculturalidade. A percepção dos mestres de capoeira, entrevistados em pesquisa de campo, corroboram para a qualificação de marginalidade e discriminação que marca o tratamento dado pela sociedade brasileira a esse importante patrimônio imaterial do país, apontando para valores coloniais que ainda orientam a apreciação da questão da diversidade cultural no Brasil.