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Abstract
Assim como as pandemias de origem zoonótica que têm se tornado frequentes nas últimas décadas, a Covid-19 reforçou o profundo imbricamento entre transformações ecológicas e o surgimento de novas entidades patogênicas. No contexto do Antropoceno, essas transformações atingem uma escala em que as ações humanas se equiparam a forças geológicas. A instabilidade resultante desse cenário torna permanente o risco de surgirem novas pandemias como a Covid-19. O objetivo deste trabalho é examinar como a historiografia tem explorado abordagens ecológicas na compreensão e no enfrentamento das doenças infecciosas ao longo do século XX, e como essas abordagens informaram narrativas influentes na historiografia, especialmente os trabalhos de Alfred Crosby e William McNeill. Por fim, analisa-se como a Covid-19 e o Antropoceno enfatizam compreensões acerca das interações dos humanos com a biosfera que acenam para novos desafios e perspectivas na investigação histórica dos fenômenos da saúde e das doenças.