Letícia Fonseca Macedo, Thalita Da Rocha Bastos, Yasmim Carmine Brito da Silva, Hideraldo Luis Souza Cabeça, Ana Cristina Vidigal Soeiro
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Abstract
Introdução. A morte encefálica (ME) é definida pela perda completa e irreversível das funções cerebrais e de tronco cerebral. Seu diagnóstico segue critérios clínicos específicos, o que requer conhecimento e habilidades médicas. Objetivo. Verificar o conhecimento e a experiência dos médicos acerca do atual protocolo de diagnóstico de ME. Método. Estudo quantitativo, exploratório, descritivo e transversal, com participação de 99 médicos de um hospital de referência em atendimento ao trauma, da região metropolitana de Belém. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2021 a junho de 2022. Foi aplicado um questionário elaborado pelos autores contendo perguntas sobre o conhecimento e a experiência com o protocolo de ME. Resultados. 60,6% dos participantes eram do sexo masculino, com idade entre 20 e 39 anos (75,8%) e graduação entre 2011 a 2020 (50,5%). Considerando as especialidades, houve melhor desempenho entre os participantes que eram médicos neurocirurgiões (p=0,003). Também houve maior número de acertos nos seguintes grupos: médicos que foram responsáveis pela abertura de protocolo de ME (p<0,001), os que possuíam experiência anterior no atendimento a pacientes em coma (p=0,003), aqueles que haviam participado de treinamento/capacitação (p<0,001). Ainda, 39,4% dos médicos relataram se sentir desconfortáveis ao ter que comunicar o diagnóstico aos familiares. Quanto à introdução do tema na graduação, 28,3% relataram como ruim. Conclusão. Os achados revelaram que há lacunas no conhecimento sobre o atual protocolo de ME, particularmente durante a formação acadêmica, sendo necessário uma maior discussão sobre o tema ainda na graduação.