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Abstract
Pensar o reencantamento do mundo e a relevância das criações curriculares cotidianas nesse processo exige recorrermos ao fenômeno e ao processo de desencantamento do mundo de modo a poder tecer uma reflexão que aborde diferentes aspectos do debate, inserindo-os no debate curricular. Assim sendo, este artigo recorre ao pensamento weberiano sobre o desencantamento produzido na e pela racionalidade moderna e ao diálogo deste com algumas das formulações de possibilidades do reencantamento. Por meio de extensa pesquisa bibliográfica, percorrem-se as diferentes contribuições para a reflexão sobre este, de Morin e Prigogine com a compreensão do reencantamento pela renovação da ciência, a Krenak e Gudynas, que preconizam uma nova relação com a natureza, e a Maffesoli e sua compreensão da renovação das sociabilidades e recurso às tecnologias como reencantamentos em curso. Importante ressaltar a contribuição de Boaventura de Sousa Santos, tanto pela relação que estabelece entre o reencantamento do mundo e a vida cotidiana – fundamental para pensar as criações curriculares – quanto por sua abordagem mais ampla, que dialoga com todas as já referidas, e com o campo do currículo. Em sua parte final, com base nas diferentes contribuições elencadas, o texto examina brevemente algumas criações curriculares narradas em trabalhos acadêmicos no campo da pesquisa com os cotidianos das escolas, nas quais se podem encontrar contribuições à reflexão sobre o tema, bem como iniciativas relevantes de contribuição possível das escolas e daquilo que nelas se cria para o reencantamento do mundo.