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Abstract
A concentração de grandes produtores e de empresas processadoras no setor citrícola nacional tem desencadeado uma crescente participação de pequenos citricultores em cooperativas, a fim de fazer frente às incertezas de mercado, o que clama pela necessidade de análises teóricas acerca dessas formas de governança. Frente ao exposto, este artigo tem como propósito analisar qual a contribuição e interrelação entre as teorias da Economia dos Custos de Transação e Redes para a compreensão dos recentes movimentos de filiação por parte dos pequenos produtores em cooperativas, no SAG citrícola. O procedimento metodológico compreendeu a realização de revisão teórica suportada pelas abordagens da ECT e Rede Social, e revisão bibliográfica do setor. Como resultados, pontua-se a expressiva importância das ‘novas’ formas organizacionais de arranjo institucional híbrido e em rede, enquanto agentes econômicos, na manutenção dos pequenos produtores na atividade da citricultura, despontando como alternativas de sobrevivência e coordenação para os pequenos produtores. Destaca-se como limitação da pesquisa a possível disparidade na compreensão de termos presentes na literatura sociológica como a confiança e a reputação, reforçadas por uma lacuna ainda em construção por parte das teorias. Sugere-se, para análises futuras, a utilização da abordagem de governança em redes voltada ao fortalecimento da classe de pequenos produtores de outras culturas do agronegócio, utilizando-se também do embasamento teórico pertencente à ECT e Redes. Assim, a presente pesquisa representa não somente a documentação acadêmica e respaldo aos pequenos produtores rurais, como também a garantia de robustez teórica a uma estrutura ainda incipiente em termos históricos.