{"title":"Ruídos da Casa de Vidro","authors":"Caroline Alciones de Oliveira Leite","doi":"10.20396/modos.v7i3.8673441","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A Casa de Vidro inaugurou, em 2013, sua primeira exposição, The Insides Are on the Outside / O interior está no exterior, com a curadoria de Hans Ulrich Obrist e com obras de 35 artistas e arquitetos. Cildo Meireles (1948-) participou da mostra com Pietro Bo (2013), um disco de vinil que, em uma vitrola posicionada perto da lareira da sala de estar, tocava a repetição de uma frase na voz de Pietro Maria Bardi direcionada à Lina Bo, intercalada com períodos de silêncio. Entre um silêncio e outro, um artefato pulverizava no ambiente o aroma de café. Neste artigo, partimos da escuta de um sujeito fenomenológico para analisar o registro sonoro da obra de Cildo Meireles, lançando no texto a repetição criada pelo artista em Pietro Bo. Recorremos às noções de voz (Derrida, 2012; 2014), de gravação sonora (Caesar, 2012) e de silêncio (Cage, 2013a; 2013b) para investigar os atravessamentos no tempo que permitem a Pietro Bo contar uma estória desde a Casa de Vidro.","PeriodicalId":486837,"journal":{"name":"Modos","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Modos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/modos.v7i3.8673441","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A Casa de Vidro inaugurou, em 2013, sua primeira exposição, The Insides Are on the Outside / O interior está no exterior, com a curadoria de Hans Ulrich Obrist e com obras de 35 artistas e arquitetos. Cildo Meireles (1948-) participou da mostra com Pietro Bo (2013), um disco de vinil que, em uma vitrola posicionada perto da lareira da sala de estar, tocava a repetição de uma frase na voz de Pietro Maria Bardi direcionada à Lina Bo, intercalada com períodos de silêncio. Entre um silêncio e outro, um artefato pulverizava no ambiente o aroma de café. Neste artigo, partimos da escuta de um sujeito fenomenológico para analisar o registro sonoro da obra de Cildo Meireles, lançando no texto a repetição criada pelo artista em Pietro Bo. Recorremos às noções de voz (Derrida, 2012; 2014), de gravação sonora (Caesar, 2012) e de silêncio (Cage, 2013a; 2013b) para investigar os atravessamentos no tempo que permitem a Pietro Bo contar uma estória desde a Casa de Vidro.