{"title":"COOPERAÇÃO E SUCESSÃO GERACIONAL NA AGRICULTURA FAMILIAR DA REGIÃO DAS MISSÕES/RS/BR","authors":"Livio Osvaldo Arenhart","doi":"10.33053/dialogus.v12i2.981","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Uma pesquisa qualitativa, realizada de 2020 a 2022, na região das Missões/RS/BR, com agricultores(as) associados(as) a pequenas organizações associativas/cooperativas de comercialização de produtos agropecuários e agroindustriais, teve por objetivo saber se essas organizações promoviam ações pedagógicas de sensibilização e incentivo à sucessão geracional, dirigidas aos(às) filhos(as) desses(as) agricultores(as). Fez-se a coleta de dados mediante entrevistas (presenciais) semi-estruturadas com dirigentes e associados(as) adultos(as) e jovens. Este ensaio teórico ocupa-se, prioritariamente, de esboçar um quadro teórico de abordagem da problemática da organização cooperativa na agricultura familiar e sua relação com o tópico da sucessão geracional. Expõe e justifica a análise textual discursiva como procedimento de interpretação do texto da transcrição das entrevistas. Fornece ainda uma breve síntese dos resultados da pesquisa: as ações pedagógicas sobre sucessão geracional não são planejadamente promovidas pelas organizações associativas/cooperativas no universo pesquisado; mas, por outros meios e formas, elas incentivam a continuação dos empreendimentos rurais pelas gerações mais jovens. O artigo cita, mas deixa em suspenso quase todas categorias que emergiram das entrevistas. Dá destaque à justificação da modalidade dialógica/moriniana da hermenêutica crítico-dialética para a compreensão contextualizada das relações da agricultura familiar com as gramáticas normativas de outras regiões topográficas da “(des)ordem” institucionalizada do capitalismo financeirizado. Esta abordagem considera que as organizações associativas/cooperativas na agricultura familiar emergem e reverberam socioeconomicamente a partir de fonte própria de energia, o que justifica a crença de que a ideia-força da cooperação ainda não perdeu o sentido no mundo globalizado.","PeriodicalId":500174,"journal":{"name":"Di@logus","volume":"50 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Di@logus","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.33053/dialogus.v12i2.981","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Uma pesquisa qualitativa, realizada de 2020 a 2022, na região das Missões/RS/BR, com agricultores(as) associados(as) a pequenas organizações associativas/cooperativas de comercialização de produtos agropecuários e agroindustriais, teve por objetivo saber se essas organizações promoviam ações pedagógicas de sensibilização e incentivo à sucessão geracional, dirigidas aos(às) filhos(as) desses(as) agricultores(as). Fez-se a coleta de dados mediante entrevistas (presenciais) semi-estruturadas com dirigentes e associados(as) adultos(as) e jovens. Este ensaio teórico ocupa-se, prioritariamente, de esboçar um quadro teórico de abordagem da problemática da organização cooperativa na agricultura familiar e sua relação com o tópico da sucessão geracional. Expõe e justifica a análise textual discursiva como procedimento de interpretação do texto da transcrição das entrevistas. Fornece ainda uma breve síntese dos resultados da pesquisa: as ações pedagógicas sobre sucessão geracional não são planejadamente promovidas pelas organizações associativas/cooperativas no universo pesquisado; mas, por outros meios e formas, elas incentivam a continuação dos empreendimentos rurais pelas gerações mais jovens. O artigo cita, mas deixa em suspenso quase todas categorias que emergiram das entrevistas. Dá destaque à justificação da modalidade dialógica/moriniana da hermenêutica crítico-dialética para a compreensão contextualizada das relações da agricultura familiar com as gramáticas normativas de outras regiões topográficas da “(des)ordem” institucionalizada do capitalismo financeirizado. Esta abordagem considera que as organizações associativas/cooperativas na agricultura familiar emergem e reverberam socioeconomicamente a partir de fonte própria de energia, o que justifica a crença de que a ideia-força da cooperação ainda não perdeu o sentido no mundo globalizado.