João Paulo Augusto Eça, Cassiano de Miranda Costa, Luziléa Brito de Oliveira
{"title":"Análise das empresas brasileiras que empregam a tecnologia blockchain em seus modelos de negócios","authors":"João Paulo Augusto Eça, Cassiano de Miranda Costa, Luziléa Brito de Oliveira","doi":"10.26853/refas_issn-2359-182x_v10n01_04","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A tecnologia “blockchain”, criada em 2008, vem ganhando popularidade ao longo dos anos, principalmente com as criptomoedas e o desenvolvimento de aplicações para o setor financeiro. Seu grande diferencial é permitir transações em blocos acessíveis de qualquer servidor, dispensando intermediários financeiros. Assim, a diversidade de aplicações da tecnologia tem crescido nos últimos anos, em virtude de sua capacidade de gerar confiança e segurança nas transações. Neste contexto, o objetivo deste artigo foi caracterizar empresas brasileiras que utilizam a tecnologia “blockchain”. Para isso, foi realizada uma pesquisa no banco de dados Crunchbase, resultando em uma amostra final de 127 organizações. Os dados foram extraídos e tabulados em uma planilha Excel para análise de suas características. Os resultados apontaram que há predominância do setor financeiro na adoção da tecnologia “blockchain” pelas empresas brasileiras, mas também indicou a expansão para outros setores da economia. A pesquisa mostrou que a adoção não se limita a startups ou empresas jovens, mas inclui também empresas tradicionais. A análise das faixas de rendimento das empresas indicou que a maioria é de pequeno porte, com rendimentos abaixo de 10 milhões de dólares, mas também abrangeu empresas com rendimentos superiores a 100 milhões de dólares. Além disso, foi identificada uma desigualdade de gênero nas lideranças das empresas que adotam o “blockchain”, evidenciando a necessidade de políticas que incentivem a participação feminina no setor. Conclui-se que a adoção da tecnologia “blockchain” tem o potencial de transformar o modelo de negócios das empresas brasileiras, mas ainda há desafios a serem enfrentados.","PeriodicalId":493905,"journal":{"name":"Revista Fatec Zona Sul","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Fatec Zona Sul","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.26853/refas_issn-2359-182x_v10n01_04","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
A tecnologia “blockchain”, criada em 2008, vem ganhando popularidade ao longo dos anos, principalmente com as criptomoedas e o desenvolvimento de aplicações para o setor financeiro. Seu grande diferencial é permitir transações em blocos acessíveis de qualquer servidor, dispensando intermediários financeiros. Assim, a diversidade de aplicações da tecnologia tem crescido nos últimos anos, em virtude de sua capacidade de gerar confiança e segurança nas transações. Neste contexto, o objetivo deste artigo foi caracterizar empresas brasileiras que utilizam a tecnologia “blockchain”. Para isso, foi realizada uma pesquisa no banco de dados Crunchbase, resultando em uma amostra final de 127 organizações. Os dados foram extraídos e tabulados em uma planilha Excel para análise de suas características. Os resultados apontaram que há predominância do setor financeiro na adoção da tecnologia “blockchain” pelas empresas brasileiras, mas também indicou a expansão para outros setores da economia. A pesquisa mostrou que a adoção não se limita a startups ou empresas jovens, mas inclui também empresas tradicionais. A análise das faixas de rendimento das empresas indicou que a maioria é de pequeno porte, com rendimentos abaixo de 10 milhões de dólares, mas também abrangeu empresas com rendimentos superiores a 100 milhões de dólares. Além disso, foi identificada uma desigualdade de gênero nas lideranças das empresas que adotam o “blockchain”, evidenciando a necessidade de políticas que incentivem a participação feminina no setor. Conclui-se que a adoção da tecnologia “blockchain” tem o potencial de transformar o modelo de negócios das empresas brasileiras, mas ainda há desafios a serem enfrentados.