{"title":"A carta roubada de Jacques Maritain – o intransigentismo entre o fascismo e o maritainismo no Nordeste em 1937","authors":"Renato Amado PEIXOTO","doi":"10.24220/2447-6803v48a2023e8578","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A réplica de Jacques Maritain aos ataques que lhe foram desferidos no Brasil após a sua viagem à Argentina se fez na forma de uma carta, que foi distribuída à imprensa brasileira pelo frei Sebastião Tauzin. Esse religioso cuidou também de fazer a defesa do filósofo católico por meio de palestras e escritos; todavia, uma investigação a respeito da atuação de Tauzin revela, para além dos cuidados com a imagem de Maritain, toda uma trama até agora ainda não pesquisada que envolve acontecimentos, intelectuais, religiosos e a formação de redes regionais, nacionais e internacionais. Os ataques a Maritain foram sustentados por um grupo de religiosos e intelectuais abrigados no Centro Dom Vital de Pernambuco e coadjuvados pela revista Fronteiras, o principal periódico da direita católica brasileira. O exame dessa revista e dos diários A Ordem, de Natal; Diário de Pernambuco e O Jornal, do Rio de Janeiro, permite o reconhecimento, de forma inédita, dos estímulos recebidos pelos intelectuais da Fronteiras e da tração exercida sobre eles pelo Centro Dom Vital de Pernambuco, além do registro das transformações do intransigentismo em Pernambuco e Natal, seja no flerte com o fascismo, seja na adesão precoce ao maritainismo.","PeriodicalId":499934,"journal":{"name":"Reflexão","volume":"23 4","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Reflexão","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24220/2447-6803v48a2023e8578","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
A réplica de Jacques Maritain aos ataques que lhe foram desferidos no Brasil após a sua viagem à Argentina se fez na forma de uma carta, que foi distribuída à imprensa brasileira pelo frei Sebastião Tauzin. Esse religioso cuidou também de fazer a defesa do filósofo católico por meio de palestras e escritos; todavia, uma investigação a respeito da atuação de Tauzin revela, para além dos cuidados com a imagem de Maritain, toda uma trama até agora ainda não pesquisada que envolve acontecimentos, intelectuais, religiosos e a formação de redes regionais, nacionais e internacionais. Os ataques a Maritain foram sustentados por um grupo de religiosos e intelectuais abrigados no Centro Dom Vital de Pernambuco e coadjuvados pela revista Fronteiras, o principal periódico da direita católica brasileira. O exame dessa revista e dos diários A Ordem, de Natal; Diário de Pernambuco e O Jornal, do Rio de Janeiro, permite o reconhecimento, de forma inédita, dos estímulos recebidos pelos intelectuais da Fronteiras e da tração exercida sobre eles pelo Centro Dom Vital de Pernambuco, além do registro das transformações do intransigentismo em Pernambuco e Natal, seja no flerte com o fascismo, seja na adesão precoce ao maritainismo.