Carine Vitória Lemes Ferreira, Iara Aires Pereira, Maria Aurélia da Silveira Assoni, Vagner De Santana Jesus, Mirian Santos Silva Conceição, Adelcio Machado Dos Santos, Beatriz Angieuski Camacho, Eriselma Alves Correia, Denise Espindola Castro, Katia da Silva Dos Santos, Sara Ribeiro Moreira, Iago Gouvêa do Carmo E Silva
{"title":"EVOLUÇÃO TEMPORAL DA VIA DE PARTO E OS FATORES MATERNOS ASSOCIADOS NO BRASIL (2011-2021)","authors":"Carine Vitória Lemes Ferreira, Iara Aires Pereira, Maria Aurélia da Silveira Assoni, Vagner De Santana Jesus, Mirian Santos Silva Conceição, Adelcio Machado Dos Santos, Beatriz Angieuski Camacho, Eriselma Alves Correia, Denise Espindola Castro, Katia da Silva Dos Santos, Sara Ribeiro Moreira, Iago Gouvêa do Carmo E Silva","doi":"10.25110/arqsaude.v27i9.2023-015","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O processo de parto é um evento fisiológico fundamental na vida reprodutiva das mulheres. No entanto, o parto cirúrgico tem se tornado cada vez mais comum, tanto no Brasil como em outros países, resultando em preocupações com a medicalização excessiva do parto. O estudo visa fornecer informações abrangentes sobre o tema, considerando diferentes regiões geográficas do Brasil. Trata-se de estudo é ecológico e retrospectivo, utilizando dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados dados de 2011 a 2021, com ênfase nas taxas de parto vaginal e cesariano, fatores sociodemográficos e obstétricos. Durante o período analisado, foram registrados 31.702.562 nascimentos no Brasil. Dos registros válidos, 43,9% foram partos vaginais e 56,1% foram cesarianos. Houve um aumento geral nas taxas de cesariana em todas as regiões brasileiras. A região Norte teve o maior percentual de partos vaginais (53,5%) e o menor de cesarianas (46,5%), enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas de cesárea. O estudo revela um aumento nas taxas de cesariana ao longo da última década no Brasil, com diferenças regionais significativas. A prevalência de cesarianas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste levanta preocupações sobre a medicalização do parto. Essas informações podem subsidiar ações de melhoria da qualidade da assistência ao parto e nascimento, com o objetivo de reduzir intervenções desnecessárias e promover melhores desfechos materno-fetais.","PeriodicalId":55731,"journal":{"name":"Arquivos de Ciencias da Saude","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Arquivos de Ciencias da Saude","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i9.2023-015","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
O processo de parto é um evento fisiológico fundamental na vida reprodutiva das mulheres. No entanto, o parto cirúrgico tem se tornado cada vez mais comum, tanto no Brasil como em outros países, resultando em preocupações com a medicalização excessiva do parto. O estudo visa fornecer informações abrangentes sobre o tema, considerando diferentes regiões geográficas do Brasil. Trata-se de estudo é ecológico e retrospectivo, utilizando dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados dados de 2011 a 2021, com ênfase nas taxas de parto vaginal e cesariano, fatores sociodemográficos e obstétricos. Durante o período analisado, foram registrados 31.702.562 nascimentos no Brasil. Dos registros válidos, 43,9% foram partos vaginais e 56,1% foram cesarianos. Houve um aumento geral nas taxas de cesariana em todas as regiões brasileiras. A região Norte teve o maior percentual de partos vaginais (53,5%) e o menor de cesarianas (46,5%), enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas de cesárea. O estudo revela um aumento nas taxas de cesariana ao longo da última década no Brasil, com diferenças regionais significativas. A prevalência de cesarianas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste levanta preocupações sobre a medicalização do parto. Essas informações podem subsidiar ações de melhoria da qualidade da assistência ao parto e nascimento, com o objetivo de reduzir intervenções desnecessárias e promover melhores desfechos materno-fetais.
分娩过程是妇女生殖生活中的一个基本生理事件。然而,手术分娩在巴西和其他国家都变得越来越普遍,导致人们担心分娩的过度医学化。这项研究旨在提供关于这一主题的全面信息,考虑到巴西不同的地理区域。这是一项生态和回顾性研究,使用的数据来自Sistema unico de saude (DATASUS)计算机科学部的活产信息系统(SINASC)。我们分析了2011年至2021年的数据,重点是阴道和剖宫产率、社会人口学和产科因素。在分析期间,巴西登记了31,702,562名新生儿。在有效记录中,43.9%是阴道分娩,56.1%是剖腹产。在巴西所有地区,剖腹产率普遍上升。北部地区阴道分娩率最高(53.5%),剖腹产率最低(46.5%),而南部、东南部和中西部地区剖腹产率最高。研究显示,在过去十年中,巴西的剖腹产率有所上升,但地区差异显著。在南部、东南部和中西部地区,剖腹产的流行引起了人们对分娩医学化的关注。这些信息可支持提高分娩和分娩护理质量的行动,以减少不必要的干预和促进更好的母胎结果。