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Abstract
Este artigo aponta alguns dos problemas enfrentados pelo curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal do Piauí, campus Ministro Petrônio Portela, de Teresina, e os analisa a partir de um olhar sociológico. Dentre eles, estão: a descaracterização da proposta original dos movimentos sociais do campo em formar lutadores/as sociais; a não identidade inicial com a própria comunidade de origem pela maior parte dos estudantes, construída posteriormente por alguns deles/as devido às (re)descobertas propiciadas pelo curso, produzindo um “amor à segunda vista”; a superação da cisão campo-cidade, passando a apreender que se trata da relação homem-natureza como condição de humanização e manutenção do mundo social. Acredita-se que a ressignificação do próprio lugar e do campo por meio do resgate histórico e do olhar sociológico pode contribuir para a elevação da consciência de classe dos estudantes.