{"title":"Imagens e palavras na literatura infantil e juvenil afro-brasileira","authors":"Maria Carolina De Godoy","doi":"10.15448/1984-4301.2023.1.44326","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Construída no espaço escolar, a relação fraterna entre dois adolescentes, Anderson e Fabinho, é fortalecida pelos saberes do candomblé, na obra Modupé, meu amigo, de Stefania Capone e Leonardo Carneiro (2015), com ilustrações de Victor Tavares, selecionada para este artigo. Há o cuidado, na obra, em desconstruir os preconceitos no desenrolar da narrativa e destacar vocábulos específicos das religiosidades de matrizes africanas, contribuindo para a compreensão mais ampla de sua presença em nossa língua e cultura. A releitura de vocábulos de origem banta, na obra Falando Banto, de Eneida D. Gaspar (2011), também ilustrada por Victor Tavares, e a criação de novas palavras, como a poética lúdica de Caderno de Rimas de João (2016) e Cadernos sem rimas da Maria (2018), de Lázaro Ramos, ambos ilustrados por Mauricio Negro, preenchem instantes preciosos de leitura e escuta literárias, enquanto significantes e significados são desenraizados da língua cotidiana brasileira e deslizam pelos vãos da linguagem literária. Neste artigo, pretende-se analisar, nessas obras, a linguagem verbal e não verbal e o modo como contribuem para descontruir preconceitos. Destacam-se, no debate, os estudos de Stuart Hall (2006, 2016), Sanara S. Rocha (2018) e Grada Kilomba (2019).","PeriodicalId":499668,"journal":{"name":"letrônica","volume":"79 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"letrônica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15448/1984-4301.2023.1.44326","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Construída no espaço escolar, a relação fraterna entre dois adolescentes, Anderson e Fabinho, é fortalecida pelos saberes do candomblé, na obra Modupé, meu amigo, de Stefania Capone e Leonardo Carneiro (2015), com ilustrações de Victor Tavares, selecionada para este artigo. Há o cuidado, na obra, em desconstruir os preconceitos no desenrolar da narrativa e destacar vocábulos específicos das religiosidades de matrizes africanas, contribuindo para a compreensão mais ampla de sua presença em nossa língua e cultura. A releitura de vocábulos de origem banta, na obra Falando Banto, de Eneida D. Gaspar (2011), também ilustrada por Victor Tavares, e a criação de novas palavras, como a poética lúdica de Caderno de Rimas de João (2016) e Cadernos sem rimas da Maria (2018), de Lázaro Ramos, ambos ilustrados por Mauricio Negro, preenchem instantes preciosos de leitura e escuta literárias, enquanto significantes e significados são desenraizados da língua cotidiana brasileira e deslizam pelos vãos da linguagem literária. Neste artigo, pretende-se analisar, nessas obras, a linguagem verbal e não verbal e o modo como contribuem para descontruir preconceitos. Destacam-se, no debate, os estudos de Stuart Hall (2006, 2016), Sanara S. Rocha (2018) e Grada Kilomba (2019).