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Abstract
crítico literário Giorgio Agamben (2007, p. 10) definiu a condição de contemporâneo como a capacidade de se orientar, mesmo no escuro, para, “a partir daí, ter coragem de reconhecer e de se comprometer com um presente com o qual não é possível coincidir” Ser contemporâneo é, portanto, a tentativa de caminhar por solos cada vez mais imprecisos, fragmentados e maleáveis, sem, não obstante, deixar de (re)conhecer as demandas necessárias do tempo no qual o sujeito se encontra. Dessa maneira, este trabalho tem o objetivo de analisar a obra Rabo de foguete, de Ferreira Gullar, cujo enredo se concentra nas memórias de exílio do autor no contexto de Ditadura Militar, sob a ótica de uma (re)formação de estilo literário pautado nas nuances que envolvem as descontinuidades e/ou permanências que envolvem a contemporaneidade. Assim, o texto pensa algumas nuances da literatura brasileira contemporânea, como o protagonismo de um indivíduo num tempo de quebra tecido social, ao passo que tenta mostrar os aspectos estilísticos e temáticos que envolvem a heterogeneidade e a disposição das formas de um (novo) realismo. Por meio de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, as análises são baseadas em autores como Giorgio Agamben (2007), Karl Eric Schollhammer (2009), Tânia Pelegrini (2001) e Ítalo Moriconi (2001), de modo a pensar como o autor-narrador-personagem Ferreira Gullar se pauta como um ser contemporâneo, em uma escrita contemporânea, em torno dos estilos, abordagens e temáticas por entre o entrecho de Rabo de foguete.