Estudo sobre a prática da automedicação em paranaenses adultos durante a pandemia da COVID-19

IF 0.1 Q4 Medicine
Camila Zurlo Pianca, Flavia Cristina da Silva, Any de Castro Ruiz Marques
{"title":"Estudo sobre a prática da automedicação em paranaenses adultos durante a pandemia da COVID-19","authors":"Camila Zurlo Pianca, Flavia Cristina da Silva, Any de Castro Ruiz Marques","doi":"10.15343/0104-7809.202347e12992022p","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O desconhecimento sobre medicamentos para prevenir ou tratar a COVID-19, bem como o uso de prescrições anteriores e o armazenamento de medicamentos em casa podem estimular a automedicação. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a prática da automedicação em indivíduos paranaenses adultos durante o período da pandemia da COVID-19. Para tanto, foi realizado um estudo quantitativo-descritivo e transversal com distribuição on-line de questionários alcançando paranaenses com idade ≥18 anos. Os resultados mostram que pacientes (n=329) entre 18-37 anos foram os mais abordados. Aproximadamente 24% se automedicaram, influenciados principalmente por possuírem o medicamento em casa (21%) ou por familiar ou amigos (13%). A automedicação na prevenção da COVID-19 foi frequente para vitaminas (28%) e ivermectina (20%). Já o uso de medicamentos sem prescrição utilizados em sintomas respiratórios foi em grande maioria com analgésicos/antitérmicos (17%) e relaxantes musculares (10%). Além disso, participantes com positividade para a COVID-19 se automedicaram com vitaminas (6%); ivermectina ou nitazoxanida (4%); e analgésicos/antitérmicos (3%). O uso da ivermectina ou nitazoxanida para a COVID-19 não comprovada cientificamente para esta finalidade. Por fim, a automedicação para sintomas não respiratórios foi maior nos analgésicos e antitérmicos (14%), relaxantes musculares (9%) e laxantes (9%). Apesar de pouco utilizada, a automedicação com cloroquina/hidroxicloriquina foi citada, mesmo sem estudo de eficácia para a COVID-19. Conclui-se que, mais da metade dos participantes paranaenses adultos realizaram automedicação durante a pandemia da COVID-19, sendo que as classes medicamentosas mais frequentes foram analgésicos/antitérmicos, relaxantes musculares, laxantes, vitaminas e ivermectina.","PeriodicalId":43983,"journal":{"name":"Mundo da Saude","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Mundo da Saude","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15343/0104-7809.202347e12992022p","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"Q4","JCRName":"Medicine","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0

Abstract

O desconhecimento sobre medicamentos para prevenir ou tratar a COVID-19, bem como o uso de prescrições anteriores e o armazenamento de medicamentos em casa podem estimular a automedicação. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar a prática da automedicação em indivíduos paranaenses adultos durante o período da pandemia da COVID-19. Para tanto, foi realizado um estudo quantitativo-descritivo e transversal com distribuição on-line de questionários alcançando paranaenses com idade ≥18 anos. Os resultados mostram que pacientes (n=329) entre 18-37 anos foram os mais abordados. Aproximadamente 24% se automedicaram, influenciados principalmente por possuírem o medicamento em casa (21%) ou por familiar ou amigos (13%). A automedicação na prevenção da COVID-19 foi frequente para vitaminas (28%) e ivermectina (20%). Já o uso de medicamentos sem prescrição utilizados em sintomas respiratórios foi em grande maioria com analgésicos/antitérmicos (17%) e relaxantes musculares (10%). Além disso, participantes com positividade para a COVID-19 se automedicaram com vitaminas (6%); ivermectina ou nitazoxanida (4%); e analgésicos/antitérmicos (3%). O uso da ivermectina ou nitazoxanida para a COVID-19 não comprovada cientificamente para esta finalidade. Por fim, a automedicação para sintomas não respiratórios foi maior nos analgésicos e antitérmicos (14%), relaxantes musculares (9%) e laxantes (9%). Apesar de pouco utilizada, a automedicação com cloroquina/hidroxicloriquina foi citada, mesmo sem estudo de eficácia para a COVID-19. Conclui-se que, mais da metade dos participantes paranaenses adultos realizaram automedicação durante a pandemia da COVID-19, sendo que as classes medicamentosas mais frequentes foram analgésicos/antitérmicos, relaxantes musculares, laxantes, vitaminas e ivermectina.
2019冠状病毒病大流行期间成人自我用药实践研究
对预防或治疗COVID-19的药物缺乏了解,以及使用以前的处方和在家储存药物,可能会刺激自我用药。因此,本研究旨在研究COVID-19大流行期间parana成年个体的自我用药实践。为此,我们进行了一项定量描述性和横断面研究,在线分发问卷,对象为年龄≥18岁的parana人。结果显示,18-37岁的患者(n=329)是接触最多的。约24%的人自行用药,主要受家中(21%)或家人或朋友(13%)的影响。维生素(28%)和伊维菌素(20%)的自我用药预防COVID-19很常见。然而,用于呼吸道症状的非处方药物的使用主要是镇痛/解热(17%)和肌肉松弛剂(10%)。此外,COVID-19阳性的参与者自我用药维生素(6%);伊维菌素或硝唑胺(4%);镇痛/解热药(3%)。伊维菌素或硝唑沙尼德用于治疗COVID-19尚未得到科学证实。最后,止痛药和解热药(14%)、肌肉松弛剂(9%)和泻药(9%)对非呼吸道症状的自我用药较高。尽管很少使用氯喹/羟氯喹自我用药,但即使没有对COVID-19疗效的研究,也被引用。我们的结论是,超过一半的parana成年参与者在COVID-19大流行期间进行了自我用药,最常见的药物类别是止痛药/解热药、肌肉松弛剂、泻药、维生素和伊维菌素。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
求助全文
约1分钟内获得全文 求助全文
来源期刊
Mundo da Saude
Mundo da Saude PUBLIC, ENVIRONMENTAL & OCCUPATIONAL HEALTH-
CiteScore
0.20
自引率
0.00%
发文量
14
×
引用
GB/T 7714-2015
复制
MLA
复制
APA
复制
导出至
BibTeX EndNote RefMan NoteFirst NoteExpress
×
提示
您的信息不完整,为了账户安全,请先补充。
现在去补充
×
提示
您因"违规操作"
具体请查看互助需知
我知道了
×
提示
确定
请完成安全验证×
copy
已复制链接
快去分享给好友吧!
我知道了
右上角分享
点击右上角分享
0
联系我们:info@booksci.cn Book学术提供免费学术资源搜索服务,方便国内外学者检索中英文文献。致力于提供最便捷和优质的服务体验。 Copyright © 2023 布克学术 All rights reserved.
京ICP备2023020795号-1
ghs 京公网安备 11010802042870号
Book学术文献互助
Book学术文献互助群
群 号:481959085
Book学术官方微信