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Abstract
Este artigo se debruça sobre a história, a partir da psiquiatria, do diagnóstico de transtorno de pânico e de sua consolidação nas décadas seguintes na literatura científica. Acompanhando um movimento histórico e cultural da psiquiatria dos anos de 1960 a 1980 de fortes críticas à psicoterapia psicodinâmica, o pânico emerge como um transtorno pela primeira vez a partir do teste clínico com um medicamento chamado Imipramina, no final da década de 1950. Ao comparar os primeiros testes em que o psiquiatra Donald Klein realizava em pacientes institucionalizados aos experimentos posteriores usando placebo, demonstra-se como uma transformação no horizonte teórico da psiquiatria norte-americana (da psicanálise para a psiquiatria biológica) era inscrita nesses experimentos. Argumenta-se que, além de uma rejeição teórica à psicanálise como fator explicativo, havia uma rejeição de formato, que acaba sendo instituída, oficialmente, no terceiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-III).