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Abstract
Que lugar ocuparia um museu-casa de colecionador na história da arte? Casas musealizadas são ambientes de memória que compreendem uma tessitura de peças de mobiliário, objetos de artes decorativas e obras de arte que abrigam os vestígios de modos de morar e testemunham a permanência de um gosto: são as escolhas e os arranjos dispostos pelo colecionador para a experiência do olhar. Traduzidas em mise-en-scène, fabricam narrativas visuais por meio da expografia da coleção, provocando associações com seu entorno e com as práticas e estilos de decoração. Analisaremos aqui a trajetória de duas residências musealizadas que abrigam coleções, onde observamos a presença do estilo de decoração denominado Barroco brasileiro, bem como o contexto histórico onde esse desenho de relações visuais estabelece conexões com as ambiências construídas por seus proprietários: são elas a Casa Museu Eva Klabin e o Museu do Açude. No decorrer do artigo observaremos como o processo de musealização de casas de colecionadores e as reformulações projetadas do ponto de vista da expografia podem concorrer para engendrar ou invisibilizar olhares e leituras para uma coleção.