{"title":"O Desenvolvimento da Linguagem Escrita da Criança: implicações pedagógicas da teoria histórico-cultural","authors":"Anderson Borges Corrêa","doi":"10.14244/198271993961","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este ensaio resulta de uma reflexão teórica de uma pesquisa de doutorado. O objetivo é o exercício de reflexão, a partir da Teoria Histórico-Cultural, sobre os princípios teóricos e metodológicos que podem favorecer o desenvolvimento da linguagem escrita da criança no contexto da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, em contraposição a uma concepção de escrita como técnica, cuja apropriação dependeria de exercícios práticos e sem o estabelecimento de uma situação comunicativa significativa para a criança. A partir de uma revisão dos principais conceitos de Vigotski (1997c), Luria (2006) e de outros autores em relação à formação e ao desenvolvimento da linguagem escrita como sendo uma função psíquica humana, compreende-se a linguagem escrita como uma atividade cultural e simbólica, cujo processo de apropriação acontece desde a primeira infância. Conclui-se que as diferentes maneiras utilizadas pela criança pequena para atribuir sentido ao mundo – o gesto indicativo, o jogo de papéis sociais e o desenho como instrumento – contribuem para desenvolver a capacidade gráfica para expressar, a qual se torna cada vez mais sofisticada à medida que a criança se apropria dos signos escritos, com base em indícios visuais, e da atividade de linguagem realizada por meio deles em atividades educativas intencionalmente planejadas para atingir esse objetivo, favorecendo o pleno desenvolvimento de crianças autoras e leitoras de textos.","PeriodicalId":131472,"journal":{"name":"Revista Eletrônica de Educação","volume":"557 ","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Eletrônica de Educação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.14244/198271993961","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Este ensaio resulta de uma reflexão teórica de uma pesquisa de doutorado. O objetivo é o exercício de reflexão, a partir da Teoria Histórico-Cultural, sobre os princípios teóricos e metodológicos que podem favorecer o desenvolvimento da linguagem escrita da criança no contexto da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, em contraposição a uma concepção de escrita como técnica, cuja apropriação dependeria de exercícios práticos e sem o estabelecimento de uma situação comunicativa significativa para a criança. A partir de uma revisão dos principais conceitos de Vigotski (1997c), Luria (2006) e de outros autores em relação à formação e ao desenvolvimento da linguagem escrita como sendo uma função psíquica humana, compreende-se a linguagem escrita como uma atividade cultural e simbólica, cujo processo de apropriação acontece desde a primeira infância. Conclui-se que as diferentes maneiras utilizadas pela criança pequena para atribuir sentido ao mundo – o gesto indicativo, o jogo de papéis sociais e o desenho como instrumento – contribuem para desenvolver a capacidade gráfica para expressar, a qual se torna cada vez mais sofisticada à medida que a criança se apropria dos signos escritos, com base em indícios visuais, e da atividade de linguagem realizada por meio deles em atividades educativas intencionalmente planejadas para atingir esse objetivo, favorecendo o pleno desenvolvimento de crianças autoras e leitoras de textos.