{"title":"PONTES, ILHAS E BANCOS DE AREIA: LÉSBICAS E NEGRAS MOVIMENTANDO A LITERATURA BRASILEIRA","authors":"Isadora Pessoa Fernandes","doi":"10.30681/rln.v16i44.11141","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Uma lésbica morrendo ao final de um filme ou novela: esse é um dos lugares comuns que pensamos ao indagarmos a nós mesmos acerca de personagens lésbicas na mídia. Na literatura, por séculos o cânone nos trouxe a mesma reprodução: entre prostitutas e doentes, lésbicas são mortas ou invisibilizadas. Machorras, marimachas, fanchas ou sapatão, elas clamam por seu lugar na ficção brasileira do novo milênio. Rompendo com os estereótipos anteriores, as personagens investigadas no presente trabalho não morrem no final, mas executam itinerários que nos permitem enxergar outras conexões, antes rompidas ou apagadas brutalmente por uma sociedade que ainda permanece nos moldes coloniais. A leitura de feministas lésbicas em conjuntura com a obra Canção para ninar menino grande, de Conceição Evaristo, apontam para uma tentativa de ruptura e superação dessas relações de poder.","PeriodicalId":40154,"journal":{"name":"Revista de Letras Norte@mentos","volume":"420 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.1000,"publicationDate":"2023-08-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Letras Norte@mentos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.30681/rln.v16i44.11141","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"0","JCRName":"LANGUAGE & LINGUISTICS","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Uma lésbica morrendo ao final de um filme ou novela: esse é um dos lugares comuns que pensamos ao indagarmos a nós mesmos acerca de personagens lésbicas na mídia. Na literatura, por séculos o cânone nos trouxe a mesma reprodução: entre prostitutas e doentes, lésbicas são mortas ou invisibilizadas. Machorras, marimachas, fanchas ou sapatão, elas clamam por seu lugar na ficção brasileira do novo milênio. Rompendo com os estereótipos anteriores, as personagens investigadas no presente trabalho não morrem no final, mas executam itinerários que nos permitem enxergar outras conexões, antes rompidas ou apagadas brutalmente por uma sociedade que ainda permanece nos moldes coloniais. A leitura de feministas lésbicas em conjuntura com a obra Canção para ninar menino grande, de Conceição Evaristo, apontam para uma tentativa de ruptura e superação dessas relações de poder.