Marcos Alexandre Fernandes Rodrigues, Kelli Machado da Rosa
{"title":"EM NOME DE UMA GUERRA RACIAL TOTAL","authors":"Marcos Alexandre Fernandes Rodrigues, Kelli Machado da Rosa","doi":"10.21680/1984-3879.2023v23n2id31826","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Esta pesquisa prossegue em direção à análise dialógica do discurso da organização terrorista estadunidense Ku Klux Klan (KKK – doravante). Com efeito, objetiva-se compreender seu estilo discurso com vistas a verificar a relação entre forma e conteúdo na produção de sentidos. A justificativa embasa-se na emergência dessa temática, uma vez que, por estar em atividade, essa organização tem a possibilidade de: i) alistar novos integrantes; ii) atacar grupos raciais; iii) coordenar atos de terror; iv) doutrinar seu interlocutor estadunidense ou brasileiro acerca da crença de superioridade e inferioridade racial; v) angariar criptomoedas. O referencial teórico-filosófico se respalda nas obras de Bakhtin (2015, 2016, 2017) e Volóchinov (2019a, 2019b, 2019c) no que tange à noção de forma, conteúdo, gênero discursivo. Em seu planejamento, fundamenta-se nestes cinco atos procedimentais: i) caracterização e escolha das organizações; ii) observação e registro das interações discursivas; iii) esboço das questões de pesquisa; iv) análise dialógica dos enunciados; v) escrita e apresentação da conclusão. Os resultados permitem a compreensão que o estilo discursivo da KKK se constitui de determinados signos ideológicos para mostrar a existência de uma pretensa batalha racial de grupos marginalizados contra brancos em função de um genocídio em massa, o que lhe responsabilizaria eticamente a reagir.","PeriodicalId":498226,"journal":{"name":"Saberes Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Saberes Revista interdisciplinar de Filosofia e Educação","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21680/1984-3879.2023v23n2id31826","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
Abstract
Esta pesquisa prossegue em direção à análise dialógica do discurso da organização terrorista estadunidense Ku Klux Klan (KKK – doravante). Com efeito, objetiva-se compreender seu estilo discurso com vistas a verificar a relação entre forma e conteúdo na produção de sentidos. A justificativa embasa-se na emergência dessa temática, uma vez que, por estar em atividade, essa organização tem a possibilidade de: i) alistar novos integrantes; ii) atacar grupos raciais; iii) coordenar atos de terror; iv) doutrinar seu interlocutor estadunidense ou brasileiro acerca da crença de superioridade e inferioridade racial; v) angariar criptomoedas. O referencial teórico-filosófico se respalda nas obras de Bakhtin (2015, 2016, 2017) e Volóchinov (2019a, 2019b, 2019c) no que tange à noção de forma, conteúdo, gênero discursivo. Em seu planejamento, fundamenta-se nestes cinco atos procedimentais: i) caracterização e escolha das organizações; ii) observação e registro das interações discursivas; iii) esboço das questões de pesquisa; iv) análise dialógica dos enunciados; v) escrita e apresentação da conclusão. Os resultados permitem a compreensão que o estilo discursivo da KKK se constitui de determinados signos ideológicos para mostrar a existência de uma pretensa batalha racial de grupos marginalizados contra brancos em função de um genocídio em massa, o que lhe responsabilizaria eticamente a reagir.