Ana Luiza Chrominski Carneiro, James Albiero, Estela Louro, Patricia de Mattos Andriato, Gislene Elisa Cavalcante Silva, Simone Tomás Gonçalves
{"title":"Reconciliação medicamentosa na admissão e orientação farmacêutica na alta em um hospital de pequeno porte no Paraná","authors":"Ana Luiza Chrominski Carneiro, James Albiero, Estela Louro, Patricia de Mattos Andriato, Gislene Elisa Cavalcante Silva, Simone Tomás Gonçalves","doi":"10.9771/cmbio.v22i2.54184","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: a reconciliação medicamentosa e orientação na alta são essenciais para identificar e minimizar fatores de risco relacionados a medicamento, entretanto em hospitais de pequeno porte a farmácia clínica ainda é pouco explorada. Objetivo: Realizar um estudo prospectivo de reconciliação medicamentosa e orientação farmacêutica na alta em um hospital de pequeno porte. Metodologia: foi realizado um estudo piloto, prospectivo, descritivo e de caráter exploratório envolvendo trinta pacientes admitidos no hospital, acompanhados desde a admissão, realizando reconciliação medicamentosa, até alta hospitalar, recebendo orientação farmacêutica. Resultados: houve predominância do sexo feminino (57%), média de idade de 71 anos e tempo de internação de 3 dias. A maior causa de internação foi pielonefrite (23%) e a comorbidade mais frequente foi hipertensão (60%). Os medicamentos mais utilizados previamente foram do sistema nervoso e cardiovascular (37%). Após reconciliação foram encontradas 100 discrepâncias, 10% de forma intencional, com maior frequência de substituição de medicamentos (70%), e 90% não intencional, onde a maioria foi omissão de medicamentos (98%). Noventa e cinco por cento dos medicamentos de uso prévio estavam envolvidos nas discrepâncias. A classe mais envolvida foi do sistema cardiovascular (42%). Em 50% dos prontuários não havia menção pelo médico das comorbidades do paciente, e em 24% a enfermagem também não mencionou. Apenas 43% dos medicamentos prescritos na alta faziam parte da Relação Municipal de Medicamentos. Conclusão: houve alta frequência de discrepâncias de medicamentos, principalmente de forma não intencional, destacando omissão de medicamentos. A reconciliação medicamentosa e orientação na alta podem contribuir para a segurança do paciente na transição de cuidados.","PeriodicalId":21339,"journal":{"name":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","volume":"68 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-09-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista de Ciências Médicas e Biológicas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i2.54184","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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Abstract
Introdução: a reconciliação medicamentosa e orientação na alta são essenciais para identificar e minimizar fatores de risco relacionados a medicamento, entretanto em hospitais de pequeno porte a farmácia clínica ainda é pouco explorada. Objetivo: Realizar um estudo prospectivo de reconciliação medicamentosa e orientação farmacêutica na alta em um hospital de pequeno porte. Metodologia: foi realizado um estudo piloto, prospectivo, descritivo e de caráter exploratório envolvendo trinta pacientes admitidos no hospital, acompanhados desde a admissão, realizando reconciliação medicamentosa, até alta hospitalar, recebendo orientação farmacêutica. Resultados: houve predominância do sexo feminino (57%), média de idade de 71 anos e tempo de internação de 3 dias. A maior causa de internação foi pielonefrite (23%) e a comorbidade mais frequente foi hipertensão (60%). Os medicamentos mais utilizados previamente foram do sistema nervoso e cardiovascular (37%). Após reconciliação foram encontradas 100 discrepâncias, 10% de forma intencional, com maior frequência de substituição de medicamentos (70%), e 90% não intencional, onde a maioria foi omissão de medicamentos (98%). Noventa e cinco por cento dos medicamentos de uso prévio estavam envolvidos nas discrepâncias. A classe mais envolvida foi do sistema cardiovascular (42%). Em 50% dos prontuários não havia menção pelo médico das comorbidades do paciente, e em 24% a enfermagem também não mencionou. Apenas 43% dos medicamentos prescritos na alta faziam parte da Relação Municipal de Medicamentos. Conclusão: houve alta frequência de discrepâncias de medicamentos, principalmente de forma não intencional, destacando omissão de medicamentos. A reconciliação medicamentosa e orientação na alta podem contribuir para a segurança do paciente na transição de cuidados.