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Abstract
Esse trabalho pretende analisar a obra Meus Romanos: alegrias e tristezas de uma educadora no Brasil, de Ina von Binzer, romance autobiográfico epistolar, cujas cartas são enviadas para sua amiga imaginária Gretchen. A narradora relata suas viagens e experiências no Brasil no período de maio de 1881 a janeiro de 1883, como é constatado em suas cartas. Em sua obra, seus relatos mostram a visão do europeu sobre o estrangeiro. Nesse sentido, pretende-se nesse trabalho analisar as mudanças do olhar da narradora sobre o Brasil no decorrer de suas viagens, influenciado, sobretudo, pelas teorias racistas e deterministas do século XIX. As diferenças culturais fazem com que o povo brasileiro, principalmente os negros e os índios, seja visto de modo distorcido. Com o passar do tempo, no entanto, o contato com a nova cultura modifica tais visões, corrigindo as distorções da narradora antes de conhecer o país, as quais permanecem como incongruências e descontinuidades dentro do corpo da narrativa. Vale notar também que é comum paradoxos e contradições na narrativa de Ina von Binzer o que caracteriza o discurso frágil e determinista do final do século XIX.